Domingo, 3 de fevereiro de 2013
TCDF condicionou liberação da licitação à correção das falhas
Ao
 analisar o edital de construção e reforma de Terminais de Ônibus 
Urbanos no Distrito Federal, os auditores do Tribunal de Contas do DF 
encontraram falhas relevantes no projeto básico de engenharia e na 
estimativa de preços, o que poderia gerar superfaturamento das obras, 
comprometimento das edificações e riscos à população.
Faltaram, 
por exemplo, estudos técnicos referentes às sondagens, aos levantamentos
 topográficos, aos projetos de terraplanagem e de fundações, o que é 
essencial para garantir a segurança e a qualidade dos terminais. Na 
última decisão, o TCDF liberou a licitação, desde que o Governo 
corrigisse as falhas encontradas.
Erros encontrados durante auditoria servem de exemplo
Uma
 das determinações feitas pelo Tribunal à Secretaria de Transportes foi 
condicionar os projetos de drenagem e de impermeabilização da cobertura 
às exigências do regime de chuvas local, além de estabelecer 
salvaguardas ao impacto da drenagem pluvial deficiente das regiões 
próximas.
O sistema de drenagem pluvial ao redor da estação deve 
ser considerado, senão os terminais ficarão alagados toda vez que chove.
 Além de causar transtornos aos usuários, esse alagamento poderia 
danificar o pavimento e por em risco a edificação. Esse problema foi 
encontrado nos terminais de ônibus de Brazlândia, São Sebastião e Riacho
 Fundo I, durante uma fiscalização realizada em 2010 pelo Tribunal, a 
pedido Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Na Auditoria do 
Programa de Transporte Urbano (Processo 31531/2010), os engenheiros do 
TCDF acúmulo de água e terra nas áreas de estocagem de ônibus e nos 
próprios terminais, meios-fios da área de estocagem danificados pelos 
ônibus, existência de goteiras, ausência de pintura das faixas, falta de
 antiderrapante nas rampas de acesso de pedestres e má qualidade na 
execução do pavimento nas baias e na área de tráfego dos ônibus.
Concreto em vez de asfalto
O
 TCDF também tinha determinado à ST/DF que só aprovasse o início das 
obras de construção, depois de especificar a adoção de pavimento rígido 
de concreto para as baias de estocagem de ônibus.
Apesar de ter um
 custo inicial maior, o concreto é mais resistente e tem vida útil 
longa. Por isso, acaba sendo uma alternativa economicamente mais 
vantajosa quando o local tem grande circulação de veículos pesados, como
 é o caso dos terminais. O pavimento asfáltico, em vias exclusivas para 
ônibus, precisa ser refeito em menos de cinco anos. Já o concreto tem 
vida útil de cerca de 20 anos e com baixa manutenção.
Outras determinações
Na
 última decisão, o Tribunal de Contas do DF havia determinado à 
Secretaria de Estado de Transportes que, entre outras coisas, 
atualizasse as planilhas estimativas de preços e excluísse a duplicidade
 de impostos nas composições apresentadas; compatibilizasse os projetos 
do sistema de esgoto e de drenagem pluvial com as redes coletoras da 
região; revisasse os projetos de acessibilidade e de sinalização 
destinados aos portadores de necessidades especiais visuais ou físicas, 
adequando-os às normas vigentes; e elaborar o projeto de comunicação 
visual.
Fase do processo (Nº 15357/2012)
 
A Secretaria não corrigiu o edital, mas apresentou justificativas. A resposta da ST/DF está em análise pelo corpo técnico.
Fonte: TCDF
Fonte: TCDF
