Sábado, 7 de setembro de 2013
Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil
Brasília - O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito
Federal lamentou os atos de violência praticados por policiais contra os
profissionais de imprensa que cobriram as manifestações de 7 de
Setembro na cidade. Hoje, o repórter da Agência Brasil, Luciano Nascimento, foi agredido por três policiais com spray de pimenta e empurrões.
Nota do sindicato destacou o fato de que "vários profissionais da
mídia que estão na cobertura dos protestos do Dia da Independência terem
sido agredidos pela força policial". O repórter fotográfico Ueslei
Marcelino, da Agência Reuters, foi mordido em uma das pernas por um
cachorro da Polícia Militar.
No caso de Luciano Nascimento, o jornalista acompanhava a
manifestação, quando viu que policiais da Tropa de Choque agrediram as
pessoas que passavam pelo local. Após a reclamação de um manifestante
contra a postura adotada, um policial disparou uma bomba de gás
lacrimogêneo contra a cabeça dele. Nascimento foi apurar o ocorrido e,
mesmo se identificando, foi agredido.
Nesta semana, o sindicato enviou um ofício à Secretaria de Segurança
Pública do Distrito Federal, no qual manifestou preocupação com o
histórico de violência nas manifestações iniciadas em junho e pediu a
garantia do trabalho dos profissionais de imprensa nos eventos de 7 de
Setembro. "Tanto contra eventuais abusos de manifestantes nos protestos
previstos como contra a ação por vezes excessivas e indiscriminadas das
forças policiais", diz o documento.
Juliana disse que o sindicato vai procurar a secretaria novamente
para uma nova conversa com o governo da capital federal. Aos jornalistas
agredidos, a orientação é que registrem o ocorrido em um Boletim de
Ocorrência, nas delegacias de polícia. A entidade disponibiliza os
serviços de um advogado.