Quinta, 7 de novembro de 2013
Carlos Oliveira, de Águas Claras, fez parte de suposto esquema, diz polícia.
Um suspeito está foragido; empresário Paulo Octavio foi chamado a depor.
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) uma operação
contra um suposto esquema de corrupção de agentes públicos para a
concessão de alvarás para empreendimentos imobiliários no Distrito Federal.
O administrador de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, foi preso
temporariamente. Na casa dele, a polícia encontrou R$ 50 mil em
dinheiro.
O administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, também tem um
mandado de prisão temporária contra ele. Segundo o coordenador do
Departamento de Polícia Especializada (DPE), Luís Alexandre Gratão, ele
era considerado foragido por volta das 8h30.
Carros
da polícia se concentram em frente à administração de Taguatinga;
administrador está foragido, diz polícia (Foto: Lucas Salomão/G1)
Também foram expedidos dez mandados de condução coercitiva, para que
envolvidos prestem esclarecimentos na Divisão Especial de Repressão ao
Crime Organizado (Deco). Um dos que devem comparecer à delegacia é
ex-governador do DF e empresário Paulo Octávio Alves Pereira.
O G1 tentou falar com Paulo Octávio, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem. O G1 também procurou as administrações de Taguatinga e Águas Claras, mas não obteve retorno até o momento.
A operação é realizada pela Deco em parceria com o Grupo de Atuação
Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público
do DF.
Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava para permitir a construção de
imóveis que violavam as normas urbanísticas.Um dos exemplos é o shopping
JK, entre Taguatinga e Ceilândia. O empreendimento é de Paulo Octavio,
de acordo com a corporação.
Segundo Gratão, a polícia também estava cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços de Paulo Octavio.
O GDF emitiu uma nota dizendo que os dois administradores foram
exonerados. “Caso haja outros servidores públicos relacionados à
questão, serão imediatamente afastados, para evitar qualquer obstáculo
às investigações.”