Sábado, 30 de novembro de 2013
Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil
 Dois assessores do ministro da Fazenda, Guido Mantega, 
suspeitos de receberem propina pediram exoneração, informou a pasta. 
Marcelo Fiche, que era chefe de gabinete de Mantega, e Humberto Alencar,
 adjunto de Fiche, são suspeitos de terem recebido R$ 60 mil em dinheiro
 vivo da empresa Partnersnet, contratada para prestar assessoria de 
imprensa ao ministério.
Oficialmente de férias desde o último dia 18, os dois deverão ter a exoneração publicada na edição de segunda-feira (2) do Diário Oficial da União.
 Em nota oficial emitida há pouco, Fiche informou que pediu ao ministro 
para sair do cargo assim que voltasse das férias para dedicar-se à sua 
defesa.
Segundo Fiche, o afastamento contribuirá para a tranquilidade e a 
rapidez das investigações. Ele ressaltou que a licitação para a escolha 
da empresa ocorreu dentro da legalidade e gerou economia aos cofres 
públicos por causa do método do pregão eletrônico, que oferece menor 
preço, em vez dos critérios que misturam técnica e preço.
Há duas semanas, a revista Época publicou que Fiche e 
Alencar teriam recebido R$ 60 mil em dinheiro vivo da Partnersnet. Na 
véspera da publicação da reportagem, Mantega enviou ofício ao ministro 
da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo a investigação pela Polícia 
Federal do contrato entre a empresa e o Ministério da Fazenda.
De acordo com a revista, uma ex-funcionária da Partnersnet denunciou
 o superfaturamento do contrato entre a empresa de assessoria de 
imprensa e o ministério. Responsável pela fiscalização do contrato, 
Alencar, segundo a publicação, assinava prestações de contas com 
funcionários fantasmas e excesso de horas trabalhadas para justificar o 
valor a mais pago pelo ministério. Segundo a ex-funcionária, Alencar e 
Fiche recebiam parte da diferença.
 
 
 
