Terça, 26 de novembro de 2013
André Richter, repórter da Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, decidiu ouvir a Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de
decidir se mantém a prisão domiciliar do deputado federal e
ex-presidente do PT José Genoino (SP). Barbosa também pediu que a defesa
de Genoino apresente manifestação.
A pedido de Barbosa, um laudo feito por uma junta médica do Hospital
Universitário de Brasília, formada para avaliar o estado de saúde de
Genoino, concluiu que ele é portador de cardiopatia “que não se caracteriza como grave”.
Com base no documento, Barbosa vai decidir se Genoino, condenado na
Ação Penal 470, o processo do mensalão, vai permanecer em prisão
domiciliar temporária ou voltará para o Presídio da Papuda, na capital
federal.
No laudo de oito páginas enviado ao STF, a junta médica descreve os
problemas de saúde de Genoino e afirma que não é necessário tratamento
domiciliar. Os médicos dizem que ele deve receber acompanhamento médico
periódico. De acordo com o laudo, o ex-presidente do PT está com
“condição patológica tratada e resolvida."
No documento, os peritos também informaram que Genoino é portador de
hipertensão “leve e moderada”, que é controlada por medicação. Os
médicos recomendam dieta hipossódica, prática de atividade física,
porém, concluem que não é imprescindível “permanência domiciliar fixa do
paciente”.
Após a divulgação do laudo, a defesa de Genoino reafirmou que ele
não tem condições de permanecer preso devido ao seu estado de saúde. Em
nota divulgada hoje (26), o advogado Luiz Fernando Pacheco diz ter
recebido as conclusões do laudo “com renovada esperança na recuperação”
de Genoino. “Seguimos, pois, preocupados com sua saúde, já que, por
óbvio, a cadeia, mesmo em regime semiaberto, não apresenta condições
mínimas para seu completo tratamento e recuperação”, argumentou o
advogado.