Domingo, 20
de julho de 2014
Deu no Portal
Notibras
Brasil e o México encerram o ranking das 16 principais economias do
planeta no quesito eficiência energética, que a Alemanha, com suas rígidas
normas de construção, lidera, informou um grupo ambientalista.
O estudo sobre as 16 potências, realizado pelo Conselho para uma Economia
Energeticamente Eficiente, colocou o Brasil na penúltima posição e o México, na
última, e se disse preocupado com o ritmo dos esforços de Estados Unidos e
Austrália.
Segundo os autores da pesquisa, o Brasil e o México demonstraram
investimentos escassos em programas de eficiência energética, embora suas
usinas térmicas sejam eficientes.
Lanterna do grupo, o México carecia de eficiência energética no
transporte de carga, destinando poucos recursos ao transporte ferroviário.
No topo da lista, o conselho atribuiu à Alemanha, a maior economia
europeia, a melhor pontuação por suas normas em prédios residenciais e
comerciais, na tentativa de reduzir em 20% até 2020 o consumo de energia com
relação a 2008.
“Alegra-nos receber um segundo
prêmio em uma semana”, reagiu Philipp Ackermann, adido na embaixada alemã de
Washington, em alusão à Copa do Mundo de futebol, conquistada no Brasil.
Ackermann destacou que seu país alcançou um crescimento econômico, ao
mesmo tempo em que melhorou sua eficiência energética e reduziu os efeitos
ambientais do comércio de energia.
“Todos concordamos, penso, que a
energia mais barata é aquela que não é preciso produzir”, observou Ackermann.
O estudo situou a Itália em segundo lugar, destacando a eficiência nos
transportes e o conjunto da União Europeia em terceiro lugar. China e França
empataram em quarto, seguidas de Japão e Inglaterra.
O informe destacou que a China usou menos energia por metro quadrado do
que qualquer outro país, embora suas normas de construção nem sempre sejam
rigorosas.
“A China pode fazer muito mais,
também desperdiçam muita energia, mas estão realmente progredindo”, afirmou
Steven Nadel, diretor executivo do conselho.
O estudo destacou, no entanto, um “claro retrocesso” na Austrália, cujo
primeiro-ministro, Tony Abbott, é um cético das mudanças climáticas. De fato,
nesta quinta-feira a Austrália aboliu um controverso imposto sobre o carbono.
Os Estados Unidos ficaram na 13ª posição. Segundo o estudo, a principal
economia do mundo fez avanços, mas em nível nacional desperdiça energia de
forma absurda.