André Richter
– Repórter da Agência Brasil
A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto
informou hoje (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele ficará em silêncio
durante a acareação com o ex-gerente de Serviços da empresa Pedro Baruscona
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, prevista para
quinta-feira (9). Vaccari está preso em um presídio na região metropolitana de
Curitiba.
Na petição enviada ao STF, o advogado Luiz Flávio D’Urso
disse que pretende colaborar com a decisão do ministro Celso de Mello, que está
na presidência do tribunal durante o período de recesso, sobre o possível
adiamento da acareação entre Vaccari e Barusco.
“No intuito de colaborar com Vossa Excelência para a decisão
neste feito, presto tais informações, uma vez que o ato de acareação
propriamente dito, na verdade não se realizará, e a dispensa do Sr. Pedro
Barusco cancelará a sessão, evitando-se, assim, despesas desnecessárias de transporte
das partes até Brasília”, justificou D’Urso.
Ontem (6), Barusco pediu ao ministro o adiamento da
oitiva e alegou que não tem condições físicas de comparecer à sessão. A
defesa de Barusco alegou que, ultimamente, ele passou a sentir fortes dores e formigamentos
nos membros inferiores, consequência de um câncer ósseo. Apesar de pedir o
adiamento, ele assumiu o compromisso de ir à CPI quando estiver em boas
condições de saúde.
As acareações na CPI foram autorizadas pelo juiz federal
Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, da Polícia
Federal. A acareação entre Barusco e o ex-diretor de Serviços Renato Duque está
prevista para amanhã (8). No dia seguinte, serão ouvidos Barusco e Vaccari. O
doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa serão confrontados no dia 6 de agosto.