Do
MPF
Trabalho foi agraciado com prêmio “órgão de persecução
criminal ou membro do Ministério Público do ano”
Procuradores Deltan Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos
Lima e Roberson Pozzobon representaram a equipe de 11 membros
As investigações da força-tarefa do Ministério Público
Federal (MPF) na Operação Lava Jato tiveram reconhecimento internacional na
noite desta quinta-feira, 24 de setembro, com o recebimento do prêmio anual da
Global Investigations Review (GIR), na categoria "órgão de persecução
criminal ou membro do Ministério Público do ano". Os procuradores Deltan
Martinazzo Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e Roberson Henrique
Pozzobon representaram a equipe de 11 membros na cerimônia realizada em Nova
Iorque.
O Global Investigations Review (GIR) é um site de notícias
que tem se firmado no cenário internacional como um dos principais canais sobre
investigações contra a corrupção e instituiu o prêmio para celebrar os
investigadores e as práticas de combate à corrupção e compliance que mais
impressionaram no último ano. Em seis categorias, foram reconhecidas práticas
investigatórias respeitadas e admiradas em todo o mundo. A força-tarefa
concorreu com investigações famosas como a do caso Fifa. Os países que
disputaram o prêmio com o Brasil foram Estados Unidos, Noruega, Reino Unido e
Romênia.
O secretário de Cooperação Internacional da
Procuradoria-Geral da República, procurador regional Vladimir Aras, parabenizou
a equipe, destacando a importância da premiação para o reconhecimento
internacional da instituição. “Os colegas premiados juntam-se àqueles que
atuaram na ação penal 470, premiados pela Associação Internacional de
Procuradores (IAP, na sigla em inglês) em 2013, e ao procuradores do grupo
Justiça de Transição, agraciados pela IAP no ano seguinte”, afirma.
Formada por procuradores da República que estão na linha
de frente da investigação na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, a
força-tarefa do MPF na Operação Lava Jato investiga um imenso esquema criminoso
de corrupção envolvendo a Petrobras desde abril de 2014.
Dentre os resultados, até o momento, estão 31 acusações
criminais contra 143 pessoas pelos crimes de corrupção contra o Sistema
Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros.
Foi descoberto o pagamento de propina de cerca de R$ 6,2 bilhões, sendo que R$
1,5 bilhão já foram recuperados. Também foram propostas 5 acusações de
improbidade administrativa contra 37 pessoas e empresas pedindo o ressarcimento
total de R$ 6,7 bilhões.
Designada pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, atualmente, a força-tarefa conta com 11 membros: Deltan Martinazzo
Dallagnol (coordenador), Antônio Carlos Welter, Carlos Fernando dos Santos
Lima, Januário Paludo, Orlando Martello Junior, Athayde Ribeiro Costa, Diogo
Castor de Mattos, Roberson Henrique Pozzobon, Paulo Roberto Galvão, Júlio
Noronha e Laura Tessler. Andrey Borges de Mendonça já integrou a equipe e atua
como colaborador.
Lista de indicados – 1) Brasil – Força-tarefa da Lava
Jato no Paraná: por sua investigação e repressão no caso Petrobras
2) Estados Unidos – Departamento de Serviços Financeiros
de Nova Iorque: por tornar-se um dos executores mais temidos do mundo, com uma
abordagem única e inflexível.
3) Estados Unidos – Gabinete do procurador do Distrito
Leste de Nova Iorque: por suas investigações no caso Fifa
4) Noruega – Autoridade Nacional Norueguesa para
Investigação e Ação Penal do Crime Econômico e Ambiental: por vencer o caso
Yara, enviando uma mensagem para a Noruega e além
5) Reino Unido – Escritório britânico contra fraudes
financeiras (SFO): pela condenação a 14 anos de Tom Hayes no caso da
manipulação da taxa de referência interbancária Libor
6) Romênia – Diretório Nacional Anticorrupção: por mostrar
que uma agência em um país pequeno pode atuar em grandes casos internacionais
Projetos de destaque - Lançado no segundo semestre de
2014, o GIR noticia desde novidades legislativas, ações para aplicação da lei e
mudanças regulatórias nos mais diversos países a investigações em curso e
projetos de destaque na área. Seus temas de cobertura envolvem ainda projetos
de combate a propina, crimes financeiros, lavagem de dinheiro, antitruste,
fraude e evasão fiscal. No seu primeiro ano de atividade, o GIR já promoveu
seminários de destaque em cidade como Nova Iorque, São Paulo, Londres e Hong
Kong. Além de notícias diárias e reportagens especiais, o GIR também produz guias
e relatórios informativos.
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Procuradoria-Geral da República