De
Está em curso, em nosso país, uma onda conservadora que tem
estimulado uma modalidade de “pânico moral” nos debates públicos sobre
gênero e a sexualidade.
Segundo este conceito, notabilizado pelo sociólogo Stanley Cohen,
pânico moral ocorre quando “uma condição, episódio, pessoa ou grupo de
pessoas emerge para ser definido como uma ameaça aos valores e
interesses sociais, a sua natureza é apresentada de uma maneira
estilizada e estereotípica pelos mass media; barricadas morais são fortalecidas […]; peritos socialmente acreditados pronunciam os seus diagnósticos e soluções; modos de coping
são desenvolvidos ou (mais frequentemente) é procurado refúgio nos já
existentes; a condição desaparece, submerge ou deteriora-se e torna-se
menos visível”.
Após uma intensa campanha dos setores religiosos evangélicos
fundamentalistas pela “cura gay” contra a “pervertida” comunidade LGBT,
foi a vez de a Igreja Católica mobilizar seus diferentes grupos internos
em uma cruzada contra a inclusão do combate à discriminação por gênero,
identidade de gênero e orientação sexual nos planos de educação por
todo o país.
“Cura gay” e a luta contra a “ideologia de gênero”, ambos os termos
oportunisticamente concebidos por esses religiosos conservadores, são
duas faces da mesma moeda do pânico moral que tenta frear as conquistas
do respeito à diversidade e estigmatiza as demandas dos movimentos LGBT e
feminista.
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Em Brasília será hoje, 28 de setembro, às 18 horas, no Auditório do IPOL, na UnB.
Clique na imagem para ampliá-la.
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