Domingo, 27 de setembro de 2015
Alana Gandra - Repórter da Agência
Brasil
Os
brasileiros vão poder assistir neste domingo (27) à ocorrência de dois
fenômenos simultâneos: o eclipse lunar total e a superlua. A coincidência
ocorre uma vez a cada 30 anos.
A astrônoma
Patricia Spinelli, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), do Rio de
Janeiro, Patricia explica como ocorre coincidência. A superlua acontece porque
a órbita da lua, isto é, o caminho que a lua faz ao redor da Terra, não é
circular. A órbita é achatada, ou seja, uma elipse.
“E se o
caminho é elíptico, isso significa que em algum momento, a lua vai chegar um
pouquinho mais perto da Terra”. Ao chegar mais perto, ela permite que se
visualize o seu tamanho maior no céu. A superlua ocorre uma vez por ano,
como informa Patrícia.
Já os
eclipses, segundo a astrônoma, têm uma periodicidade de duas vezes por ano.
Neste domingo, o eclipse coincidirá com a proximidade da lua em relação à
Terra, devido a um fator geométrico. A superlua pode ser vista à noite em
qualquer lugar do planeta, quando o satélite da Terra estiver na fase cheia:
“Vamos ver a lua maior, por ela estar mais próxima da Terra”.
O eclipse
só acontece quando a lua entra na sombra da Terra: “Mas, para que esse fenômeno
seja observado, é preciso que seja à noite. Se for dia, o observador só
conseguirá ver o sol e não o eclipse”.
O eclipse
lunar total será visto no Brasil porque, quando a lua estiver entrando na
sombra da Terra, será noite no país. Patricia Spinelli disse que a ocultação da
lua ocorrerá por volta das 23h30 e “esse é o ápice”. O processo completo,
porém, começará por volta das 22h, quando a lua passará a entrar na sombra da
Terra.
“Ela começa
a ficar mais obscurecida, com uma cor mais avermelhada. De repente, vai
desaparecer completamente, por volta das 23h30 ou 23h40 e, depois, começa a
aparecer de novo”. A lua só volta a ter o tamanho normal em torno de 1h30 da manhã
da segunda-feira (28), diz Patrícia Spinelli.
Segundo
Patricia, para que os dois fenômenos possam ser vistos simultaneamente, é
preciso que o tempo esteja bom, pois tempo nublado não permite a visualização.
Tanto o eclipse como a superlua serão visíveis a olho nu, sem a necessidade de
nenhum equipamento ou proteção especial. “Com tempo bom e céu limpo, as
pessoas podem acompanhar o fenômeno”, garante a astrônoma do Mast.