Do Blog do
Tarso e do Portal da CSPB
por Tarso Cabral Violin*
Noruega é o país mais
próspero do mundo, com muito Estado do Bem-Estar Social. Com muita igualdade.
Com muita justiça social.
Deveria ser um modelo
para o Brasil, mas infelizmente nossas elites e classe-média conservadoras não
permitem uma radicalização do Estado do Bem-Estar Social previsto na
Constituição de 1988.
Na Noruega o
neoliberalismo, o capitalismo liberal, a desigualdade, o egoísmo, o
individualismo não se criam.
Noruega, em 100 anos,
passou de um dos países mais pobres da Europa, convivendo com o gelo e a
escuridão por metade do ano, para ser sinônimo de riqueza e justiça social com
um PIB per capita de US$ 100 mil.
Jovens da Suécia
emigram para a Noruega em busca de uma vida melhor.
Noruega foi o país
que menos sentiu a crise europeia.
Noruega prioriza
gastos com educação. Em 40 anos o número de servidores públicos nas
escolas dobrou. No Brasil a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe aumento de
gastos com servidores na saúde e educação.
Na Noruega, com a
educação garantida, o número de jornais também é elevado. Para uma
população de apenas 5 milhões de pessoas há 280 jornais em circulação, o índice
mais alto do mundo.
Em 30 anos os
noruegueses reduziram suas horas de trabalho em 270 horas, ganhando mais dez
dias de férias ao ano, e parte significativa dos trabalhadores já consegue
trabalhar apenas quatro dias na semana.
Noruega traduziu
petróleo em prosperidade e igualdade.
Noruega tem um
Produto Interno Bruto per capita acima de US$ 100 mil.
Segundo a ONU, jamais
uma sociedade atingiu nível de desenvolvimento humano igual ao de Oslo, capital
da Noruega.
Mesmo em uma era de
austeridade e crise global, o sistema do Estado de Bem-Estar Social na Noruega
se manteve intacto, com salário mínimo de US$ 4,8 mil (cerca de R$ 14 mil) e
desemprego de 2%.
Nas eleições da
Noruega o único debate é o que fazer com o dinheiro que sobra nos cofres
públicos.
A Noruega tem o
maior fundo soberano do planeta, estimado em US$ 815 bilhões e os cofres do
Estado estão abarrotados.
O Estado norueguês
comprou 1% de ações em bolsas de todo o mundo e investe em 3,2 mil empresas.
Na Noruega
é forte a presença do Estado em praticamente todos os campos da economia,
desde depois da 2ª Guerra Mundial, quando o governo nacionalizou empresas
ligadas à Alemanha. O Estado ficou com 44% das ações da Norsk Hydro, tem
participação de 37% na Bolsa de Valores de Oslo e em dezenas de empresas. Hoje
o Estado da Noruega controla a petroleira Statoil, o grupo de telecomunicações
Telenor, a fabricante de fertilizantes Yara, e o maior banco do país DnBNor.
Na Noruega os
sindicatos negociam a cada ano seus salários, dependendo das necessidades do
setor exportador e para garantir que o produto nacional continue competitivo no
mercado global.
Nas eleições da
Noruega os partidos políticos prometem não cortar impostos.
No Estado de
Bem-Estar Social da Noruega os homens cuidam de seus bebês e, a cada ano, o
governo destina 2,8% do PIB para apoiar famílias em tudo que precisam para ter
filhos. Os pais que decidem não levar as crianças para creches recebem, a cada
mês, um cheque de 200 para ajudar nos gastos. Lá os cidadãos que recebem
benefícios sociais do Estado não são chamados de vagabundos. É um direito
legitimado!
Na Noruega a
licença-maternidade é de 9 meses para a mãe e quatro meses para os pais.
Nesses meses quem paga o salário dos pais é o Estado. O governo avalia
que esse incentivo para as mulheres e leis para garantir a igualdade de
gênero são positivas para a economia. As empresas são obrigadas a dar 40%
das vagas em seus conselhos para mulheres. 75% das mulheres trabalham fora e
para o governo, isso representa maior atividade na economia e um número maior
de pessoas pagando impostos.
Na Noruega
o imposto de renda atinge 42%, bem maior do que no Brasil. Lá existe
consenso de que o valor é justo para manter o sistema. O Estado paga do
berçário ao enterro, financia estudantes e até banca férias.
Muitas das
informações acima foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo de
hoje.
Na Noruega há problemas.
Há uma extrema-direita. Há racismo. Há consumismo. Há consumo alto de drogas.
Portanto, o capitalismo ainda está presente. Mas os avanços deveriam ser modelo
para o mundo.
Enquanto isso, ainda
há nos países subdesenvolvidos, periféricos, pessoas que defendem menos Estado,
mais desigualdade, mais egoísmo. Por ignorância ou má-fé. Ou interesses
financeiros individuais.
O modelo de sociedade
norueguês é o mínimo que se espera para uma sociedade. O resto é barbárie.
Xô privatizações. Xô
neoliberalismo-gerencial.
* Tarso
Cabral Violin
é advogado em Curitiba e estudioso há mais de 15 anos nas áreas do Direito
Administrativo, Direito do Terceiro Setor e Licitações e Contratos
Administrativos; Árbitro da Câmara de Arbitragem e Mediação da Federação das
Indústrias do Paraná – Fiep; doutorando em Políticas Públicas na UFPR; mestre
em Direito do Estado pela UFPR; professor nos cursos de especialização da
Academia Brasileira de Direito Constitucional e da UniBrasil; professor de
Direito Administrativo do Curso de Direito da Faculdade de Pinhais – FAPI;
palestrante por todo o Brasil e na Universidade Nacional Autônoma do
México; autor do livro “Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração
Pública: uma análise crítica”; tem 8 anos de experiência dentro da Administração
Pública do Paraná, sendo inclusive Diretor Jurídico da Celepar; membro das
Comissões de Estudos Constitucionais e de Gestão Pública e Controle da
Administração da OAB/PR; e ex-Presidente do Centro Acadêmico Sobral Pinto.
Autor do Blog do Tarso e Presidente da Associação dos Blogueiros e Ativistas
Digitais do Paraná – ParanáBlogs.
*Fonte:
Blog do Tarso e Porta da CSPB
por Tarso Cabral Violin
Noruega é o país mais próspero do mundo, com muito Estado do Bem-Estar Social. Com muita igualdade. Com muita justiça social.
Deveria ser um modelo para o Brasil, mas infelizmente nossas elites e classe-média conservadoras não permitem uma radicalização do Estado do Bem-Estar Social previsto na Constituição de 1988.
Na Noruega o neoliberalismo, o capitalismo liberal, a desigualdade, o egoísmo, o individualismo não se criam.
Noruega, em 100 anos, passou de um dos países mais pobres da Europa, convivendo com o gelo e a escuridão por metade do ano, para ser sinônimo de riqueza e justiça social com um PIB per capita de US$ 100 mil.
Jovens da Suécia emigram para a Noruega em busca de uma vida melhor.
Noruega foi o país que menos sentiu a crise europeia.
Noruega prioriza gastos com educação. Em 40 anos o número de servidores públicos nas escolas dobrou. No Brasil a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe aumento de gastos com servidores na saúde e educação.
Na Noruega, com a educação garantida, o número de jornais também é elevado. Para uma população de apenas 5 milhões de pessoas há 280 jornais em circulação, o índice mais alto do mundo.
Em 30 anos os noruegueses reduziram suas horas de trabalho em 270 horas, ganhando mais dez dias de férias ao ano, e parte significativa dos trabalhadores já consegue trabalhar apenas quatro dias na semana.
Noruega traduziu petróleo em prosperidade e igualdade.
Noruega tem um Produto Interno Bruto per capita acima de US$ 100 mil.
Segundo a ONU, jamais uma sociedade atingiu nível de desenvolvimento humano igual ao de Oslo, capital da Noruega.
Mesmo em uma era de austeridade e crise global, o sistema do Estado de Bem-Estar Social na Noruega se manteve intacto, com salário mínimo de US$ 4,8 mil (cerca de R$ 14 mil) e desemprego de 2%.
Nas eleições da Noruega o único debate é o que fazer com o dinheiro que sobra nos cofres públicos.
A Noruega tem o maior fundo soberano do planeta, estimado em US$ 815 bilhões e os cofres do Estado estão abarrotados.
O Estado norueguês comprou 1% de ações em bolsas de todo o mundo e investe em 3,2 mil empresas.
Na Noruega é forte a presença do Estado em praticamente todos os campos da economia, desde depois da 2ª Guerra Mundial, quando o governo nacionalizou empresas ligadas à Alemanha. O Estado ficou com 44% das ações da Norsk Hydro, tem participação de 37% na Bolsa de Valores de Oslo e em dezenas de empresas. Hoje o Estado da Noruega controla a petroleira Statoil, o grupo de telecomunicações Telenor, a fabricante de fertilizantes Yara, e o maior banco do país DnBNor.
Na Noruega os sindicatos negociam a cada ano seus salários, dependendo das necessidades do setor exportador e para garantir que o produto nacional continue competitivo no mercado global.
Nas eleições da Noruega os partidos políticos prometem não cortar impostos.
No Estado de Bem-Estar Social da Noruega os homens cuidam de seus bebês e, a cada ano, o governo destina 2,8% do PIB para apoiar famílias em tudo que precisam para ter filhos. Os pais que decidem não levar as crianças para creches recebem, a cada mês, um cheque de 200 para ajudar nos gastos. Lá os cidadãos que recebem benefícios sociais do Estado não são chamados de vagabundos. É um direito legitimado!
Na Noruega a licença-maternidade é de 9 meses para a mãe e quatro meses para os pais. Nesses meses quem paga o salário dos pais é o Estado. O governo avalia que esse incentivo para as mulheres e leis para garantir a igualdade de gênero são positivas para a economia. As empresas são obrigadas a dar 40% das vagas em seus conselhos para mulheres. 75% das mulheres trabalham fora e para o governo, isso representa maior atividade na economia e um número maior de pessoas pagando impostos.
Na Noruega o imposto de renda é atinge 42%, bem maior do que no Brasil. Lá existe consenso de que o valor é justo para manter o sistema. O Estado paga do berçário ao enterro, financia estudantes e até banca férias.
Muitas das informações acima foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo de hoje.
Na Noruega há problemas. Há uma extrema-direita. Há racismo. Há consumismo. Há consumo alto de drogas. Portanto, o capitalismo ainda está presente. Mas os avanços deveriam ser modelo para o mundo.
Enquanto isso, ainda há nos países subdesenvolvidos, periféricos, pessoas que defendem menos Estado, mais desigualdade, mais egoísmo. Por ignorância ou má-fé. Ou interesses financeiros individuais.
O modelo de sociedade norueguês é o mínimo que se espera para uma sociedade. O resto é barbárie.
Xô privatizações. Xô neoliberalismo-gerencial.
* Tarso Cabral Violin é advogado em Curitiba e estudioso há mais de 15 anos nas áreas do Direito Administrativo, Direito do Terceiro Setor e Licitações e Contratos Administrativos; Árbitro da Câmara de Arbitragem e Mediação da Federação das Indústrias do Paraná – Fiep; doutorando em Políticas Públicas na UFPR; mestre em Direito do Estado pela UFPR; professor nos cursos de especialização da Academia Brasileira de Direito Constitucional e da UniBrasil; professor de Direito Administrativo do Curso de Direito da Faculdade de Pinhais – FAPI; palestrante por todo o Brasil e na Universidade Nacional Autônoma do México; autor do livro “Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica”; tem 8 anos de experiência dentro da Administração Pública do Paraná, sendo inclusive Diretor Jurídico da Celepar; membro das Comissões de Estudos Constitucionais e de Gestão Pública e Controle da Administração da OAB/PR; e ex-Presidente do Centro Acadêmico Sobral Pinto. Autor do Blog do Tarso e Presidente da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs.
Fonte: Blog do Tarso - See more at: http://www.cspb.org.br/fullnews.php?id=17357_artigo-noruega-um-para-so-com-muito-estado-social-servi-os-p-blicos-e-impostos.html#sthash.w6qreHsU.dpuf
por Tarso Cabral Violin
Noruega é o país mais próspero do mundo, com muito Estado do Bem-Estar Social. Com muita igualdade. Com muita justiça social.
Deveria ser um modelo para o Brasil, mas infelizmente nossas elites e classe-média conservadoras não permitem uma radicalização do Estado do Bem-Estar Social previsto na Constituição de 1988.
Na Noruega o neoliberalismo, o capitalismo liberal, a desigualdade, o egoísmo, o individualismo não se criam.
Noruega, em 100 anos, passou de um dos países mais pobres da Europa, convivendo com o gelo e a escuridão por metade do ano, para ser sinônimo de riqueza e justiça social com um PIB per capita de US$ 100 mil.
Jovens da Suécia emigram para a Noruega em busca de uma vida melhor.
Noruega foi o país que menos sentiu a crise europeia.
Noruega prioriza gastos com educação. Em 40 anos o número de servidores públicos nas escolas dobrou. No Brasil a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe aumento de gastos com servidores na saúde e educação.
Na Noruega, com a educação garantida, o número de jornais também é elevado. Para uma população de apenas 5 milhões de pessoas há 280 jornais em circulação, o índice mais alto do mundo.
Em 30 anos os noruegueses reduziram suas horas de trabalho em 270 horas, ganhando mais dez dias de férias ao ano, e parte significativa dos trabalhadores já consegue trabalhar apenas quatro dias na semana.
Noruega traduziu petróleo em prosperidade e igualdade.
Noruega tem um Produto Interno Bruto per capita acima de US$ 100 mil.
Segundo a ONU, jamais uma sociedade atingiu nível de desenvolvimento humano igual ao de Oslo, capital da Noruega.
Mesmo em uma era de austeridade e crise global, o sistema do Estado de Bem-Estar Social na Noruega se manteve intacto, com salário mínimo de US$ 4,8 mil (cerca de R$ 14 mil) e desemprego de 2%.
Nas eleições da Noruega o único debate é o que fazer com o dinheiro que sobra nos cofres públicos.
A Noruega tem o maior fundo soberano do planeta, estimado em US$ 815 bilhões e os cofres do Estado estão abarrotados.
O Estado norueguês comprou 1% de ações em bolsas de todo o mundo e investe em 3,2 mil empresas.
Na Noruega é forte a presença do Estado em praticamente todos os campos da economia, desde depois da 2ª Guerra Mundial, quando o governo nacionalizou empresas ligadas à Alemanha. O Estado ficou com 44% das ações da Norsk Hydro, tem participação de 37% na Bolsa de Valores de Oslo e em dezenas de empresas. Hoje o Estado da Noruega controla a petroleira Statoil, o grupo de telecomunicações Telenor, a fabricante de fertilizantes Yara, e o maior banco do país DnBNor.
Na Noruega os sindicatos negociam a cada ano seus salários, dependendo das necessidades do setor exportador e para garantir que o produto nacional continue competitivo no mercado global.
Nas eleições da Noruega os partidos políticos prometem não cortar impostos.
No Estado de Bem-Estar Social da Noruega os homens cuidam de seus bebês e, a cada ano, o governo destina 2,8% do PIB para apoiar famílias em tudo que precisam para ter filhos. Os pais que decidem não levar as crianças para creches recebem, a cada mês, um cheque de 200 para ajudar nos gastos. Lá os cidadãos que recebem benefícios sociais do Estado não são chamados de vagabundos. É um direito legitimado!
Na Noruega a licença-maternidade é de 9 meses para a mãe e quatro meses para os pais. Nesses meses quem paga o salário dos pais é o Estado. O governo avalia que esse incentivo para as mulheres e leis para garantir a igualdade de gênero são positivas para a economia. As empresas são obrigadas a dar 40% das vagas em seus conselhos para mulheres. 75% das mulheres trabalham fora e para o governo, isso representa maior atividade na economia e um número maior de pessoas pagando impostos.
Na Noruega o imposto de renda é atinge 42%, bem maior do que no Brasil. Lá existe consenso de que o valor é justo para manter o sistema. O Estado paga do berçário ao enterro, financia estudantes e até banca férias.
Muitas das informações acima foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo de hoje.
Na Noruega há problemas. Há uma extrema-direita. Há racismo. Há consumismo. Há consumo alto de drogas. Portanto, o capitalismo ainda está presente. Mas os avanços deveriam ser modelo para o mundo.
Enquanto isso, ainda há nos países subdesenvolvidos, periféricos, pessoas que defendem menos Estado, mais desigualdade, mais egoísmo. Por ignorância ou má-fé. Ou interesses financeiros individuais.
O modelo de sociedade norueguês é o mínimo que se espera para uma sociedade. O resto é barbárie.
Xô privatizações. Xô neoliberalismo-gerencial.
* Tarso Cabral Violin é advogado em Curitiba e estudioso há mais de 15 anos nas áreas do Direito Administrativo, Direito do Terceiro Setor e Licitações e Contratos Administrativos; Árbitro da Câmara de Arbitragem e Mediação da Federação das Indústrias do Paraná – Fiep; doutorando em Políticas Públicas na UFPR; mestre em Direito do Estado pela UFPR; professor nos cursos de especialização da Academia Brasileira de Direito Constitucional e da UniBrasil; professor de Direito Administrativo do Curso de Direito da Faculdade de Pinhais – FAPI; palestrante por todo o Brasil e na Universidade Nacional Autônoma do México; autor do livro “Terceiro Setor e as Parcerias com a Administração Pública: uma análise crítica”; tem 8 anos de experiência dentro da Administração Pública do Paraná, sendo inclusive Diretor Jurídico da Celepar; membro das Comissões de Estudos Constitucionais e de Gestão Pública e Controle da Administração da OAB/PR; e ex-Presidente do Centro Acadêmico Sobral Pinto. Autor do Blog do Tarso e Presidente da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs.
Fonte: Blog do Tarso - See more at: http://www.cspb.org.br/fullnews.php?id=17357_artigo-noruega-um-para-so-com-muito-estado-social-servi-os-p-blicos-e-impostos.html#sthash.w6qreHsU.dpuf