Da Tribuna da Imprensa
Por MARINO D ICARAHY
No
 meio de mais uma crise internacional, agora agravada no Brasil, em 
grande medida pela gerência petista (e seus malditos aliados); onde o 
Centro do Capital sufoca violentamente toda e qualquer insurgência de 
natureza popular; sempre sob o pretexto de "dispersar" as massas, os 
vândalos, os insurgentes, ganha enorme importância a luta pelo direito 
do povo lutar por seus direitos e contra a criminalização da luta 
política. Parece óbvio, pois, se não, como o povo irá lutar por seus 
direitos?
Mas,
 usando também o Direito Penal como instrumento dessa política, de 
massacre do inimigo, pela violência e pela criminalização, vitima 
ativistas, manifestantes, militantes políticos, pessoas do povo, 
populações das periferias e favelas, camponeses, trabalhadores em luta, 
entidades do movimento popular e advogados.
Neste
 momento, intensifica-se um ataque desses contra mim, por parte do 
Estado Velho, buscando a minha criminalização da minha atuação 
profissional como advogado, na defesa intransigente e combativa de um 
conjunto de manifestantes atingidos por essa política covarde.
Em
 sentença prolatada em 1º de dezembro de 2015, a M.M.Juíza da 29ª Vara 
Criminal me condenou a onze meses e dez dias de prisão, convertida em 
pena alternativa, mais multa. Tendo sido intimado para ciência da 
sentença, me manifestei no sentido de querer recorrer, recurso este que 
está confiado à CEDAP/OAB/RJ.
No
 dia 17/02/16, terei que comparecer à audiência de instrução e 
julgamento de outro processo, quase idêntico, também por representação 
do Dr. Juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da Capital, para me 
defender de mais uma acusação buscando a minha incriminação, e, assim 
como a anterior, pela minha atuação no processo dos 23.
Respondo
 ainda a outro processo da mesma natureza, juntamente com meu grande 
Colega, Dr. André de Paula (da FIST), este, por representação da 
Promotora de Justiça, Dra. Maria Helena Biscaia, por nossa atuação na 
defesa de Jair Seixas Rodrigues, o Baiano, preso por um flagrante 
forjado escandaloso, no fatídico dia 15/10/2013, quando o Centro do Rio 
de Janeiro foi dominado por táticas de repressão da Polícia Militar 
jamais vistas em nossa Cidade, e, quiçá, de nosso País.
Toda
 essa política é empreendida não apenas para tirar alguns quadros 
políticos da luta, mas também para avisar aos demais e ao povo que, se 
insistirem em lutar, serão reprimidos duramente, presos, torturados, 
processados e criminalizados.
Só
 que cada um atingido por essa política de Estado criminosa participa de
 uma resistência contra a qual não há armas nem masmorras que possam 
detê-la, porque ela vive não em nossos corpos, mas numa consciência 
coletiva lúcida e consequente, que tem clareza do porvir.
LUTAR NÃO É CRIME! ATÉ A VITÓRIA FINAL!

 
 
 
