Sexta, 29 de janeiro de 2016
Imagem da internet
Marco Lima e Agnelo Queiroz

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Marco Lima e Agnelo Queiroz
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Do MPDF
MPDFT
ingressou com ação em 2013. Em maio do ano passado, a 7ª Vara de
Fazenda Pública decretou nulidade do decreto que reintegrou o
ex-deputado aos quadros da PMDF
O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) confirmou, nesta quinta-feira, dia 28, em segunda instância, que o retorno do ex-deputado distrital Marco Antônio Santos Lima à Polícia Militar do DF (PMDF) é ilegal. A decisão da 6ª Turma Cível manteve a sentença proferida anteriormente e declarou nulos o Decreto 33.790/2012 e a portaria da Polícia Militar do DF (PMDF) que permitiram a reintegração de Lima aos quadros da corporação. Com a decisão, o Distrito Federal está proibido de manter o réu na polícia e de pagar qualquer valor, a título de soldo e acréscimos, de forma retroativa. Se o retorno ao cargo fosse considerado legal, ele teria direito a receber quantia superior a R$ 1 milhão.
Entenda o caso
– Marco Lima ingressou na PMDF em 1987 e, em 1992, foi afastado da
corporação por razões disciplinares. Em 1994, candidatou-se ao cargo de
deputado distrital. Eleito, tomou posse em 1º de janeiro de 1995. Em
agosto do mesmo ano, foi editado um decreto distrital que anulou o
afastamento de Lima e de outros oito ex-policiais.
No entanto, em 2000, a
PMDF expediu portaria, respaldada pela Procuradoria-Geral do Distrito
Federal (PGDF), que afastou Marco Lima da corporação a partir do
registro de sua candidatura, em julho de 1994. Em 2010, o senador Gim
Argello encaminhou ofício ao então governador do Distrito Federal,
Agnelo Queiroz, solicitando a reintegração de policiais militares, entre
os quais Marco Lima.
A PGDF expediu parecer
contrário ao pedido, em razão da ocorrência da prescrição
administrativa, mas o documento foi ignorado pela Consultoria Jurídica
da Governadoria, o que resultou na expedição do Decreto 33.790/2012. Em
outubro de 2012, no dia seguinte à publicação da portaria da PMDF
anulada por meio da ação civil pública em questão, Lima foi nomeado para
exercer o cargo de assessor técnico da Casa Militar do DF, recebendo,
inclusive, gratificação de função militar.
Processo: 2013.01.1.061473-6
Processo: 2013.01.1.061473-6
Improbidade
– O juiz da 7ª Vara de Fazenda Pública do DF recebeu, em dezembro de
2015, ação de improbidade administrativa proposta pela Promotoria de
Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) contra o
ex-governador Agnelo Queiroz pela reintegração ilegal do ex-deputado
distrital Marco Lima à PMDF. Também são réus na ação Paulo Machado
Guimarães, ex-consultor jurídico do DF; Raimundo Dias Irmão Junior,
ex-advogado da Consultoria Jurídica do Distrito Federal; Tulio Kayson
Ferreira Malheiros, ex-chefe do Núcleo de Gerência Institucional de
Assuntos da PMDF; e Rogério da Silva Leão, ex-secretário da Casa Militar
do DF.
Processo: 2015.01.045962-2
Processo: 2015.01.045962-2