Quinta, 10 de janeiro de 2019
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Em localidades do Distrito Federal, como Águas Claras, o crescimento imobiliário foi bastante acentuado. Mas nem todos os proprietários pagam corretamente seus impostos. Foto: Orlando Brito.
O rombo na arrecadação, em 2017 e 2018, foi de R$ 1.512.360.812,47, sem computar juros, multas e correção monetária. O dinheiro que não entrou no caixa era suficiente para fazer chegar o metrô até o final da Asa Norte e simultaneamente construir a primeira etapa do VLT, entre o Aeroporto e o início da Asa Sul.
Por
Chico Sant’Anna
O brasiliense é um cidadão que tem por hábito cobrar, e bem alto, seus direitos. A cidade sempre foi conceituada pela qualidade de seus serviços públicos, mas de uns tempos para cá a insatisfação com esse padrão de qualidade tem sido crescente. E ai ele grita. Vai às ruas, cobra retorno de seus impostos.
Se, de um lado, o brasiliense, cobra o que lhe é de direito, de outro, ele vem pecando com as suas obrigações de contribuintes. Levantamento exclusivo aponta que em 2017 de cada 100 imóveis do Distrito Federal, 25 não tinham pago o IPTU. Em 2018, a inadimplência aumentou para 28 imóveis, em cada 100. A dívida referente apenas a esses dois anos chega a R$1,5 bilhão, sem contar juros e multas. Metade desse valor é devido por proprietários de terrenos não edificados.
Nesses cálculos também não está contabilizada a Taxa de Limpeza Urbana – TLP. O dinheiro que não entrou no caixa era suficiente para fazer chegar o metrô até o final da Asa Norte e simultaneamente construir a primeira etapa do VLT, entre o Aeroporto e o início da Asa Sul.