Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Fracasso retumbante, na estreia do magistrado que não queria ser político

Sexta, 11 de janeiro de 2019
Por
Helio Fernandes

Logo depois da posse, um tremendo desafio dos bandidos do Ceará. O governador do estado anunciou publicamente: "A repressão na penitenciaria vai endurecer, não haverá tolerância com nenhum líder de facção". Como represália, os lideres presos, movimentaram seus coadjuvantes, implantaram o terrorismo na capital Fortaleza e em outras 6 cidades.

A comunidade foi atingida em cheio. Ninguém podia andar nas ruas, ônibus queimados em todos os lugares. Os lideres presos colocaram suas exigências, que o governador não podia aceitar. Desesperado, apelou e telefonou pedindo socorro ao ministro, que se proclamava poderoso e invencível. Moro não podia recusar, mandou 300 homens da Força Nacional. O caos aumentou, enviou mais 200 homens da Força. E está requisitando PMs de vários estados. E ontem, o caos dominava Fortaleza e mais 42 cidades. E ameaçava aumentar.

Depois de muitas conversas, o ministro autorizou o governador a transferir 21 presos responsáveis pelo terrorismo, para a penitenciaria federal de Mossoró, RGN. Absurdo dos absurdos; não resolveram o problema do Ceará, vai explodir em outro estado. A transferência seria medida razoável e aceitável. Mas sincopada, 1 ou 2 para cada penitenciaria federal. Transferência em massa para o mesmo lugar, confissão de incompetência.

PS- No plano civil administrativo, Moro vem sendo derrotado amplamente pelo Fabricio Queiroz. Este é personagem de um escândalo maior, mais grave e mais amplo do que muitos imaginam.

PS2- Fabricio manobrou para que não acontecesse nada, antes da posse de Bolsonaro. Não aconteceu.