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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Agência da ONU defende participação social como alicerce da universalização da saúde no Brasil

Quarta, 6 de fevereiro de 2019
Da
ONU no Brasil
Médico cubano trabalha no estado de Pernambuco. Estado foi elogiado em relatório por envolver comunidade na construção e implementação de políticas públicas de saúde. Foto: OPAS
Foto: OPAS/OMS
Em reunião do Conselho Nacional da Saúde (CNS), a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Socorro Gross, afirmou na sexta-feira (1º), em Brasília (DF), que “a participação social é o alicerce para a saúde universal”. Dirigente também defendeu o fortalecimento da atenção primária e a expansão da cobertura de atendimento, a fim de garantir que todos os brasileiros tenham acesso aos cuidados de que precisam.

Como desafios da América Latina e do Caribe, a especialista ressaltou a mortalidade materna e infantil, as doenças negligenciadas e enfermidades emergentes e reemergentes, que “em um mundo globalizado são e serão uma ameaça constante”.
“Mas hoje temos mais conhecimento, intervenções, desenvolvimento, tecnologias e uma verdadeira revolução digital que, se bem utilizada, nos oferece grandes oportunidades. O mais importante é que vemos uma mudança positiva no sentido de ter mecanismos sustentáveis de participação social, indispensáveis para que ninguém seja deixado para trás”, enfatizou Socorro.
“A participação social é um grande motor para alcançarmos saúde para todas e todos e, justamente por isso, uma das grandes mensagens para o desenvolvimento sustentável é a necessidade do fortalecimento da participação coletiva”, acrescentou a dirigente na presença de integrantes do Conselho, que existe desde 1937 e hoje conta com a participação de 48 membros.
Na avaliação da representante da OPAS, a experiência do Brasil nesta construção coletiva serve de exemplo para diversos países da região das Américas. “As decisões em saúde pautadas em deliberações de instâncias coletivas, sediadas em todo o território nacional, são um exemplo de organização que resulta de um processo histórico que tem sido sustentável ao longo do tempo”, explicou a gestora.
"A participação social é o alicerce para a saúde universal", afirmou nesta sexta-feira (1) a representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross, às conselheiras e conselheiros do CNS. Saiba mais em https://goo.gl/47jDWD .

Crédito da foto: CNS
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Socorro apontou ainda que uma das prioridades compartilhadas entre a OPAS e o CNS é a de garantir que cada vez mais brasileiros e brasileiras tenham acesso à saúde de qualidade e a tempo. “A chave dessa garantia é a expansão da cobertura e do fortalecimento da atenção primária em saúde. Uma atenção primária forte deve resolver a maior parte das necessidades das comunidades”, defendeu a chefe da agência da ONU no Brasil.
O organismo internacional será um dos participantes da comissão organizadora da 16ª Conferência Nacional de Saúde do Brasil, que deve ocorrer entre 4 e 7 de agosto deste ano, em Brasília. O evento é o mais importante momento de participação social na área da saúde no país. Nesta edição, os eixos temáticos são saúde como direito, consolidação dos princípios do SUS e seu financiamento.

A OPAS trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a qualidade de vida de suas populações. Fundada em 1902, é a organização internacional de saúde pública mais antiga do mundo. Atua como o escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a região e é a agência especializada em saúde do sistema interamericano.