Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Em 1991, a Tribuna da Imprensa revelou com exclusividade: O Exército expulsou dos quartéis, o capitão Jair Bolsonaro

Segunda, 4 de fevereiro de 2019
Por
Helio Fernandes*

O ato foi assinado pelo general Alberto dos Santos Lima Fajardo,
comandante do que seria mais tarde, o importante Comando do Leste. Bolsonaro foi acusado de insuflar revolta nos quartéis. Visando a comunidade dos sargentos e até  oficiais de patentes superiores à dele. Queria que protestassem contra os "baixos salários", e contra o que chamava de "péssimo tratamento".

Foi levado até à saída do quartel, com a recomendação-imposição: "O senhor não pode frequentar quartéis". Isso aconteceu em 19 de  outubro de 1991, portanto está completando 28 anos. Durante todo esse tempo nenhum contato com militares. Logo se elegia vereador e deputado federal, exercendo uma vida inútil e vazia, exatamente por esses 28 anos.

Declarado presidente da República, antes mesmo da posse, mudou inteiramente de posição, começou uma caça frenética a encontros com militares, não perdia nem mesmo solenidades de formatura.

Presidente de fato a partir de 1 de janeiro, militarizou seu governo. Nomeou 7 ou 8 generais, alguns para importantes cargos civis. 3 ou 4 deles do seu tempo de antes da  EXPULSÃO.

Surpreendente e inesperadamente o Exército dá a impressão diferente sobre o personagem que expulsou há 28 anos. Se excede em cuidados e até carinho e ternura, quando se refere a ele.

Como não há explicação, a preocupação é geral, natural, situação totalmente incompreensível.

*Matéria pode ser republicada com citação do autor
Fonte: Site do Blog Oficial do Jornal Tribuna da Imprensa