Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 25 de janeiro de 2020

Como combater a desinformação— a estratégia global da fake news

Sábado, 25 de janeiro de 2020

Fonte: 

Chico Sant'Anna e a InfoCom


As redes sociais permanecem como um mundo de penumbra, onde nem sempre é possível identificar autores e seus propagadores. É um mundo sem impressão digital. Não sabemos de fato quem está teclando e não há regras claras sobre o seu uso.



Por Márcia Turcato, jornalista
A máxima “informação é poder” foi atualizada para “desinformação é poder”.  A desinformação é uma estratégia global e concorre com a ética na informação. A desinformação integra o arcabouço das convicções ideológicas e para combatê-la um importante passo a ser dado é deixar de chamá-la de fake news. Uma notícia, por definição, não é falsa, ela foi apurada com ética por um jornalista profissional. Falsas são as narrativas publicadas em portais que, embora pareçam ser sítios de notícia, publicam conteúdo sem responsabilidade social com o objetivo de prejudicar a capacidade de avaliação da audiência.
Conhecidas como fake news, as versões distorcidas da informação se apropriam de algum traço de realidade de forma a conferir credibilidade às teses de grupos de ideologia indefensável.  A desinformação imita o jornalismo na forma, mas não nos procedimentos. São criados personagens e inventados fatos para construir mentiras estratégicas para que pareçam verídicas e ganhem impulso nas redes sociais e, com isso, conquistar a simpatia de cidadãos de boa fé. Os algoritmos são uma armadilha da web.