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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

‘Tempo faz esquecer tudo, menos o Holocausto’, diz sobrevivente no Rio de Janeiro

Quinta, 30 de janeiro de 2020
Da ONU Brasil
Freddy Siegfried Glatt nasceu em Berlim, na Alemanha, em 1928. Após a ascensão do regime nazista, perdeu seus dois irmãos mais velhos e avós maternos, assassinados no campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polônia ocupada.
Em 1947, conseguiu fugir com a mãe para o Brasil, onde reconstruiu sua vida. Hoje, aos 92 anos, ele contou sua história em cerimônia para o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, realizada na terça-feira (28), no Rio de Janeiro (RJ).


“Há um ditado que diz que o tempo faz esquecer. Isso se aplica a tudo, menos à lembrança do Holocausto”, disse Glatt na presença de mais de 100 pessoas no evento organizado por Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Consulado Geral da Alemanha e Federação Israelita do Rio de Janeiro (FIERJ) no Centro Cultural da Justiça Federal.
Atual presidente da Associação dos Sobreviventes do Holocausto do Rio de Janeiro, Glatt já relatou em centenas de palestras como superou as barbáries do genocídio. Em 2018, lançou o livro “Roubaram minha infância”.