Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Lavagem do Bonfim, porque hoje é a segunda quinta-feira de janeiro na Bahia

Segunda quinta-feira, 16 do mês de janeiro de 2020

Essa postagem tem por base postagem aqui do Gama Livre em 2014

Bons e saudosos tempos aqueles que, morador da Rua Benjamin Constant, que fica quase ao pé da Igreja do Bonfim, eu não perdia essa festa. A verdade que eu, baiano baiano de verdade, não perdia era qualquer festa de largo em Salvador. A Lavagem do Bonfim é sempre na segunda quinta-feira do mês de janeiro. No domingo seguinte à lavagem é o último dia das comemorações. E na madrugada de domingo para segunda ocorre a "Mudança da Ribeira". As barracas são transferidas para a Ribeira, onde acontece uma festa pagã, e que era tradicionalmente considerada o início do Carnaval Baiano. É a Segunda-Feira Gorda da Ribeira. Aí só dava samba de roda, charangas, bandinhas, alguns trios elétricos, e capoeira. E muita zoeira. E eu lá. Era bom, era bom demais. Bons tempos que marcaram  a vida deste blogueiro. 

O vídeo, produzido pela Prefeitura de Salvador, é lindo. É da lavagem do Bonfim de 2014, mas vale a pena ver a beleza que é essa festa popular da Bahia.


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Olha só  o trajeto que os baianos, e não só baianos, percorrem da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, ao lado do Elevador Lacerda, até a Igreja do Bonfim.

Clique na imagem abaixo para melhor visualizá-la. O trajeto está assinalado com a linha vermelha.

Salve Senhor do Bonfim! Salve Oxalá!

É preciso muita energia para cobrir os quase oito quilômetros entre um ponto e outro sob um sol intenso e um calor de lascar. Bom que a brisa do mar e Oxalá ajudam.

E como Oxalá é Senhor do Bonfim, um vídeo pra Oxalá.

Bons tempos, quando ainda nos meus 11 anos (até uns 19) morei pertinho da Igreja de Oxalá!! E curtia não apenas a última sexta-feira de cada ano, mas também a Festa do Bonfim, que acontecia, e acontece, em janeiro, com a "lavagem" da igreja na segunda quinta-feira do primeiro mês do ano. E mesmo depois de ir morar juntinho ao mar de Amaralina próximo, portanto, a uma das moradas de Yemanjá, não perdia as festas de largo —como até hoje se chama—. Sim, eram festas e de  muito ritmo afro-baiano. Ou baiano-afro, que dá no mesmo, pois o importante é que o batuque é irresistível.

Axé, Meu Pai Senhor do Bonfim.!!! 

Axé, Oxalá!!!