Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Estacionamentos: Zona Verde e o desequilíbrio financeiro do DF

Terça, 6 de outubro de 2020

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


Motivos para reduzir o uso de veículos não faltam: redução da poluição, dos acidentes, humanização do trânsito. Como também não faltam opções de coibir o uso dos carros. Uma delas, bem fácil e de imediata aplicação, seria o GDF cumprir o seu papel e determinar que Detran, Polícia Militar e DFLegal multem e até reboquem veículos estacionados irregularmente sobre calçadas, gramados, retornos, filas duplas e triplas. Basta uma voltinha no centro do Plano Piloto pra ver o abuso.


Por Chico Sant’Anna

Em meio à Pandemia e às milhares de mortes já registrada no Distrito Federal, um tema palpita corações e mentes do brasiliense: a cobrança dos estacionamentos em áreas residenciais e comerciais do Plano Piloto. O GDF elaborou o projeto Zona Verde, pelo qual o brasiliense pagará pelo uso de cerca de 115 mil vagas, grande parte em áreas residenciais, onde a rotatividade das vagas deve acontecer a cada duas horas.

Para se ter uma ideia de grandeza dessa proposta, São Paulo, que tem uma população três vezes maior, cobra estacionamento em 44 mil vagas. Ou seja, a terça parte do que deseja a administração Ibaneis Rocha para Brasília. Além de ser apenas a terça parte do que se pretende fazer em Brasília, na maior cidade do país a cobrança se concentra nos centros comerciais da cidade, as áreas estritamente residenciais não são penalizadas.

Como não poderia deixar de ser, a polêmica se instaurou. Há aqueles que defendem a medida como forma de reduzir a circulação de veículos na Capital. Já são cerca de 1,9 milhão de veículos e Brasília já está entre as dez cidades mais engarrafadas da América Latina. Na cidade, onde dizem que o cidadão é composto de cabeça, tronco e rodas; o motorista já passa a cada ano, quatro dias trancado dentro de seu carro aguardando o trânsito fluir.

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