Quarta, 9 de maio de 2012
As deputadas Celina Leão (PSD) e Eliana Pedrosa (PSD) negaram em
plenário, nesta quarta-feira (9), qualquer participação em um suposto
aliciamento de testemunha contra o governador Agnelo Queiroz. As
distritais criticaram também declarações de Agnelo de que a Polícia
Civil do Distrito Federal (PCDF) haveria provado a participação de
"deputadas" na denúncia feita por Daniel Tavares, ex-funcionário da
empresa União Química e Farmacêutica, que acusou o atual governador de
receber propina da empresa em 2008, quando Agnelo era diretor da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A acusação de Tavares foi gravada pelas deputadas Celina Leão e
Eliana Pedrosa em novembro de 2011. Dias depois, no entanto, Tavares
mudou sua versão e garantiu ter sido procurado por várias pessoas para
dar um depoimento contra o governador. "A Polícia Civil abriu inquérito
para investigar o caso, mas só ouviu o Daniel. Agora Agnelo tem a cara
de pau de dizer que está provado que deputadas compraram o Daniel. Posso
dormir tranquila, pois não comprei o Daniel’, afirmou Celina Leão.
Eliana Pedrosa também enfatizou estar com a consciência tranquila e
disse estranhar o motivo de a Polícia Civil abrir um inquérito e não
ouvir as versões de todos os envolvidos. "Estou perplexa, não tenho me
sentido em um Estado Democrático de Direito. O Ministério Público já se
manifestou dizendo que não houve uma investigação completa. Quero saber
por que não fui ouvida. A verdade está proibida no DF”.
Delegado de polícia aposentado, Dr. Michel (PSL) ressaltou que a
atual diretoria da PCDF não “faria atos baixos como esses” e observou
que as deputadas devem manter a tranquilidade, pois “se houve alguma
ilegalidade, ela virá à tona”.