Terça, 19 de junho de 2012
Fonte: Blog do Chico Sant'Anna
Por Daniel Fonsêca, publicado originalmente no Observatório do Direito à Comunicação
Com a inauguração da Torre de TV Digital em abril, o governo do
Distrito Federal deu um passo inédito no processo de digitalização da
televisão no país ao criar uma estrutura física pública para atender às
emissoras locais. Tanto que, quando o governo assumiu a construção da
torre que receberia a antena, a Associação dos Veículos de Comunicação
do Distrito Federal (Avec) não aderiu ao projeto imediatamente, porque
os empresários não entendiam o papel do governo na gestão do
equipamento.
O projeto de agregar todas as emissoras geradoras abertas numa só
antena de transmissão poderia ser um instrumento importante para tratar
todos os concessionários de forma isonômica. Para Jonas Valente,
secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, a
torre ainda deve ser um caminho para que as emissoras do campo público
possam se organizar em torno do modelo.
“Um governo deve dar prioridade às causas que são públicas. Por esse
motivo, defendemos a criação de um Operador de Rede para a Torre Digital
que viabilize a transmissão de canais públicos de TV, tais como canais
educativos, universitários, comunitários, culturais, legislativos etc.
que não possuam recursos suficientes para implantar uma infraestrutura
própria de transmissão”, pontua Valente.
A estrutura foi encomendada ainda no governo de José Roberto Arruda
(ex-DEM) em 2008, e a construção, iniciada em junho de 2009, consumiu
três anos. O orçamento inicial era de R$ 61 milhões, mas logo houve um
aditivo, passando a R$ 68 milhões, porque foram necessárias algumas
adaptações do projeto original realizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
“A estrutura não sustentava a antena, que pesa cerca de 15 toneladas”,
explica o engenheiro Renato Castelo, assessor da Diretoria de Prospecção
e Formatação de Novos Empreendimentos da Terracap. Encerrada a obra,
que foi inaugurada pelo governador Agnelo Queiroz (PT) no último dia 21
de abril, o custo total chegou a R$ 89 milhões. Leia a íntegra