André
Richter - Repórter da Agência Brasil
A defesa do presidente da OAS,
José Adelmário Filho, preso na Operação Lava Jato, pediu hoje (21) que o juiz
federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações, se declare suspeito para
julgar o caso. Os advogados pedem também a anulação das provas obtidas contra o
investigado, que está preso desde novembro passado na Polícia Federal, em
Curitiba.
A defesa de Adelmário Filho alega
que Moro não pode continuar conduzindo os processos, porque se declarou
impedido de julgar outra ação envolvendo o doleiro Alberto Youssef, em 2010. No
entendimento dos advogados, o juiz "jamais" poderia relatar os
processos relacionados à Lava Jato e dar validade a um "questionável e
imoral" acordo de delação premiada firmado com o doleiro.
"Diante dos atos levados a
efeito justamente em virtude deste foro íntimo que motivou a declaração
pretérita, é facilmente perceptível que esse juízo não pode ser considerado
imparcial para a condução de qualquer investigação ou processo que envolva o
corréu Alberto Youssef, violando regras e princípio básicos
constitucionais". alega a defesa.
No mesmo documento, a defesa do
executivo alega que as autorizações para quebra de sigilo telefônico foram
ilegais e que tramitação dos processos deveria ser de competência da Justiça
Federal no Rio de Janeiro.