Sábado, 18 de julho de 2015
Entregas chegavam a até R$ 200 mil por
“viagem”, diz braço direito do doleiro Alberto Youssef. Dinheiro era
transportado para políticos do PP em maços de notas de R$ 100 e R$ 50,
escondidos em meias de futebol, e entregue em imóveis funcionais da
Câmara
Por Congresso em Foco
Marcos Santos/USP Imagens
Dinheiro era levado em meiões de futebol à casa de políticos do esquema, diz delator
Apontado
como braço direito do doleiro Alberto Youssef, um dos principais
operadores do esquema de corrupção na Petrobras, o delator Rafael Ângulo
Lopes revelou à Justiça Federal em Curitiba que montou uma espécie de
serviço de entrega de dinheiro para políticos pessoalmente – o famoso
“delivery”, na tradução para o inglês. Entre os receptores, disse
Ângulo, estavam políticos investigados pela Operação Lava Jato, no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria da Câmara.
As informações foram veiculadas neste sábado (18) pelo repórter
Vladimir Neto, no Jornal Hoje (TV Globo). Segundo o delator, que
colabora com a Justiça em esquema de delação premiada, as entregas
chegavam a até R$ 200 mil por viagem. Rafael Ângulo, que cuidava da
contabilidade do esquema de corrupção, disse que a partir de 2009 passou
a fazer viagens frequentes para levar dinheiro vivo a políticos.
Diversos desses deslocamentos era para Brasília, onde Ângulo disse ter
feito entregas em imóveis funcionais dos deputados.
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