Do Blog Náufrago da Utopia
Por
Celso Lungaretti
Segundo um trabalho comparativo divulgado na última 4ª feira (8) pelo mui respeitado Pew Research Center,
até 2011 a classe média (renda diária de até US$ 20) englobava, no
Brasil, 27,8% da população, com um avanço de 10,3 pontos percentuais na
comparação com 2001, mas um índice ainda insuficiente para nos
caracterizar como um país de classe média, conforme martela a propaganda
oficial.
A faixa dos pobres (renda diária de até US$ 2) é de 7,3% e a dos de baixa renda (renda diária de até US$ 10), de 43,6%.
A faixa dos pobres (renda diária de até US$ 2) é de 7,3% e a dos de baixa renda (renda diária de até US$ 10), de 43,6%.
Como os anos de 2012 para cá não foram economicamente auspiciosos, é provável que a situação continue mais ou menos a mesma.
Conclusão do comentarista internacional Clóvis Rossi: "a crise
brasileira não vai incidir em um país de classe média, portanto com
certa gordura para queimar, mas em um país pobre, muito pobre".
É o que venho alertando. O arrocho fiscal do Joaquim Levy vai matar
brasileiros de fome e miséria, literalmente. Temos de procurar uma saída
heterodoxa para o buraco em que estamos. A ortodoxa é impraticável, vai
gerar um tsunami social.
Em seu último artigo,
o Demétrio Magnoli afirmou que, se Dilma devolver o Joaquim Levy à sua
insignificância e mudar a política econômica, "precipitará o desenlace
que tenta evitar", supostamente sucumbindo às pressões dos poderosos.
Mas, se não mudar, este país vai pegar fogo nos próximos meses, com
saques e tumultos que acabarão por produzir o mesmíssimo resultado
vaticinado pelo Magnoli.
A diferença é que uma petista, ex-pedetista e ex-guerrilheira sairá bem melhor na foto se for derrubada por um golpe das elites do que pela revolta e desespero do povão.