Rodrigo
Rollemberg foi, no Brasil, o candidato percentualmente melhor votado entre
todos os que disputaram o segundo turno das eleições para governador. Obteve 52
por cento dos votos válidos e 44 por cento do total do eleitorado de Brasília
(inclui votos válidos, nulos, abstenções e em branco). Derrotou o candidato de
Arruda e também Agnelo Queiroz que tinha atrás de si o bem estruturado PT. Foi
por muita gente saudado como a verdadeira mudança no DF.
Chegando
aos nove meses de exercício no cargo —lembremos que nove meses é tempo
suficiente de se ir da concepção ao nascimento de uma criança— seu governo
patina, não mostra, até aqui, resultados que possam inclusive alavancar os
índices de aceitação, hoje sofríveis, que o governador recebe.
Tais níveis
de aceitação, claro, tem preocupado o núcleo central do governo. E muitas
discussões estão acontecendo neste núcleo.
Nesta
semana houve no Buriti conversas importantes a porta fechada, quando foi
decidido que o governo necessita azeitar a máquina governamental. No
azeitamento, pelo menos sete administradores regionais devem ser trocados, e isso
até o final de outubro.
Segundo
fonte bem situada no Buriti, neste sábado (12/9) alguns dos possíveis novos
gestores das regiões administrativas estarão no Palácio.
No caso do
Gama, um novo administrador deve ser nomeado até outubro, confidencia a fonte. Aliás,
os novos assumem também até final de outubro. Dentre os candidatos ao Gama,
dois despontam como fortes. Antônio Donizete e o pastor Egmar. Não há, contudo,
de se desprezar mais uns dois que correm por fora, como se diz no turfe.
Donizete já
foi administrador regional da cidade e manteve um relacionamento bom com a
população, coisa útil ao objetivo do governador Rollemberg em recuperar os
níveis de aceitação popular. Donizete é visto no Buriti, ainda segundo a fonte
palaciana, como um administrador de perfil diferente da atual administradora
regional do Gama. Esta tem, na visão de alguns integrantes do núcleo central do
governo, um perfil mais duro, mais inflexível, no trato com os vários segmentos
organizados da cidade. E não raro se indispõe com alguns desses setores, especialmente
os não alinhados com sua gestão, o que tem se refletido na imagem do
governador, confessa a fonte palaciana. Esses setores acusam a administradora
de tentar exercer um patrulhamento ideológico sobre eles.
Se Donizete
tem esse perfil, o pastor Egmar leva consigo o prestígio de ter conseguido boa
votação nas duas últimas eleições, uma para deputado federal e a última para
distrital. Além disso, é amigo do governador. Verdade que Rollemberg não está
em condições de escolher um administrador por ser a pessoa sua amiga. Precisa
ser também um bom gestor.
Resumindo.
Devem ocorrer mudanças de administradores regionais até final de outubro. E no
caso do Gama, se houver de fato a mudança, o PSB da cidade será o fiel da
balança na escolha de quem assumirá.
A conferir
até outubro.