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(Millôr Fernandes)

sábado, 12 de setembro de 2015

A dança das cadeiras: Rollemberg deve trocar vários administradores regionais até final de outubro

Sábado, 12 de setembro de 2015
Rodrigo Rollemberg foi, no Brasil, o candidato percentualmente melhor votado entre todos os que disputaram o segundo turno das eleições para governador. Obteve 52 por cento dos votos válidos e 44 por cento do total do eleitorado de Brasília (inclui votos válidos, nulos, abstenções e em branco). Derrotou o candidato de Arruda e também Agnelo Queiroz que tinha atrás de si o bem estruturado PT. Foi por muita gente saudado como a verdadeira mudança no DF.
Chegando aos nove meses de exercício no cargo —lembremos que nove meses é tempo suficiente de se ir da concepção ao nascimento de uma criança— seu governo patina, não mostra, até aqui, resultados que possam inclusive alavancar os índices de aceitação, hoje sofríveis, que o governador recebe.
Tais níveis de aceitação, claro, tem preocupado o núcleo central do governo. E muitas discussões estão acontecendo neste núcleo.
Nesta semana houve no Buriti conversas importantes a porta fechada, quando foi decidido que o governo necessita azeitar a máquina governamental. No azeitamento, pelo menos sete administradores regionais devem ser trocados, e isso até o final de outubro.
Segundo fonte bem situada no Buriti, neste sábado (12/9) alguns dos possíveis novos gestores das regiões administrativas estarão no Palácio.
No caso do Gama, um novo administrador deve ser nomeado até outubro, confidencia a fonte. Aliás, os novos assumem também até final de outubro. Dentre os candidatos ao Gama, dois despontam como fortes. Antônio Donizete e o pastor Egmar. Não há, contudo, de se desprezar mais uns dois que correm por fora, como se diz no turfe.
Donizete já foi administrador regional da cidade e manteve um relacionamento bom com a população, coisa útil ao objetivo do governador Rollemberg em recuperar os níveis de aceitação popular. Donizete é visto no Buriti, ainda segundo a fonte palaciana, como um administrador de perfil diferente da atual administradora regional do Gama. Esta tem, na visão de alguns integrantes do núcleo central do governo, um perfil mais duro, mais inflexível, no trato com os vários segmentos organizados da cidade. E não raro se indispõe com alguns desses setores, especialmente os não alinhados com sua gestão, o que tem se refletido na imagem do governador, confessa a fonte palaciana. Esses setores acusam a administradora de tentar exercer um patrulhamento ideológico sobre eles.
Se Donizete tem esse perfil, o pastor Egmar leva consigo o prestígio de ter conseguido boa votação nas duas últimas eleições, uma para deputado federal e a última para distrital. Além disso, é amigo do governador. Verdade que Rollemberg não está em condições de escolher um administrador por ser a pessoa sua amiga. Precisa ser também um bom gestor.
Resumindo. Devem ocorrer mudanças de administradores regionais até final de outubro. E no caso do Gama, se houver de fato a mudança, o PSB da cidade será o fiel da balança na escolha de quem assumirá.
A conferir até outubro.