Terça, 15 de setembro de 2015
Além de José Dirceu e João Vaccari, o juiz Sérgio Moro tornou réus Julio Gerin de Almeida Camargo (delator), Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura (empresário) e Olavo Hourneaux de Moura Filho (empresário); Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e Roberto Marques (ex-assessor de Dirceu).
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Além de José Dirceu e João Vaccari, o juiz Sérgio Moro tornou réus Julio Gerin de Almeida Camargo (delator), Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura (empresário) e Olavo Hourneaux de Moura Filho (empresário); Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e Roberto Marques (ex-assessor de Dirceu).
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André Richter - Repórter da Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro aceitou hoje (15) denúncia
contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pelos crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além de Dirceu,
passaram à condição de réus da 17ª fase da Operação Lava Jato o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais 13 investigados.
A
acusação contra o ex-ministro se baseou nas afirmações do empresário
Milton Pascovicht, em depoimento de delação premiada. “Do que os
depoimentos prestados pelos criminosos colaboradores, há, em cognição
sumária, prova documental do fluxo financeiro, inclusive de pagamentos
sub-reptícios efetuados por Milton Pascowitch em favor de José Dirceu e
de Fernando Moura [empresário ligado a Dirceu]”, disse Moro.
Na
decisão, o juiz não aceitou denúncia contra Camila Ramos de Oliveira e
Silva, filha de Dirceu, e Daniela Leopoldo e Silva, arquiteta
responsável pela reforma da casa particular do ex-ministro. O juiz
entendeu que as duas denunciadas não tinham conhecimento de que o
dinheiro que receberam tinham origem em recursos desviados da Petrobras.
Segundo o Ministério Público, a filha de Dirceu vendeu para Pascowitch
um imóvel com valor acima do marcado.
Dirceu foi preso no mês
passado e está no Complexo Médico-Penal, localizado na região
metropolita de Curitiba. O advogado Roberto Podval, que representa
Dirceu, considerou acertada a parte da decisão na qual Moro que rejeitou
a denúncia contra a filha do ex-ministro e informou que vai se
pronunciar sobre as acusações do delator apenas no processo. A defesa do
ex-tesoureiro do PT reafirmou que Vaccari somente arrecadou doações
lícitas, por meio de depósitos bancários e com emissão de recibos.
Além
de José Dirceu e João Vaccari, o juiz Sérgio Moro tornou réus Julio
Gerin de Almeida Camargo (delator), Fernando Antônio Guimarães Hourneaux
de Moura (empresário) e Olavo Hourneaux de Moura Filho (empresário);
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de Dirceu) e Roberto Marques
(ex-assessor de Dirceu).
São acusados também Júlio César dos
Santos, Renato Duque (ex-diretor da Petrobras), Pedro José Barusco Filho
(ex-gerente da Petrobras) e Gerson de Melo Almada (executivo da
Engevix); Cristiano Kok (ex-executivo da Engevix), José Antunes Sobrinho
(sócio da Engevix), Milton Pascowitch (delator) e José Adolfo
Pascowitch (delator).