Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Tarifas do transporte público: Repressão de manifestantes em São Paulo

Sexta, 22 de janeiro de 2016
Deu em https://www.facebook.com/midiaNINJA
O comandante da operação de hoje no ato contra o aumento da tarifa em São Paulo, tenente coronel Motta Neto, fala antes da saída dos manifestantes que, caso o MPL não seguisse o trajeto proposto pela PM, eles usariam "recursos gradativos de acordo com o que fosse acontecendo" e que tudo seria uma reação.

O trajeto divulgado nas redes sociais pelo MPL dizia que o Ato seguiria até a ALESP pela Av. 23 de Maio, porém o trajeto "liberado" pela PM era até a Praça da República.

Ao chegarem na Praça foram recebidos por um grande contingente da Tropa de Choque que os reprimiu e não permitiu que o ato avançasse, terminando por fim, sendo repreendido fortemente pela polícia.

Manifestantes saíram feridos e 9 pessoas foram levadas, possivelmente, para o 3o DP , localizado no centro da cidade.

Os manifestantes exigem a redução do preço da passagem do metrô, trem e ônibus, que de R$ 3,50 passaram a valer R$ 3,80, no dia 9 de janeiro.

‪#‎ContraTarifa‬ ‪#‎3e80Não‬
  ‪#‎RevogaOAumento‬
  ‪#‎TarifaZero‬

Veja o vídeo da Mídia NINJA
*****
Veja também:
PM usa bombas e balas de borracha contra protesto pelo aumento de tarifas em SP

Camila Boehm - Reporter da Agência Brasil
São Paulo - Manifestação pelo Passe Livre (Rovena Rosa/Agência Brasil)
No início da manifestação, a PM informou que a passeata deveria seguir itinerário decidido pela Secretaria da Segurança PúblicaRovena Rosa/Agência Brasil
Com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, a Polícia Militar (PM) dispersou novamente a manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa do transporte público coletivo em São Paulo. Pelo menos três pessoas feridas. A polícia começou a disparar contra os manifestantes na Praça da República, na região central da capital.

Os ativistas pretendiam seguir com a passeata até a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no Ibirapuera. No entanto, a polícia impediu que a caminhada passasse da Praça da República.

No início da manifestação, a PM informou que a passeata deveria seguir itinerário decidido pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), com encerramento na Praça da República e que o trajeto pretendido pelos manifestantes não seria autorizado.

A alegação da secretaria é que o percurso do MPL encontraria no outra manifestação, a dos motoristas de vans.

O grupo de manifestantes, que se reuniu às 17h no Terminal Parque Dom Pedro II, iniciou a passeata somente por volta das 20h por causa do impasse com a PM sobre o trajeto. A caminhada seguiu pelas ruas General Carneiro e Boa Vista, passando pelo Largo São Bento até a Rua Líbero Badaró, quando estourou a primeira bomba.

Após um princípio de tumulto, a manifestação seguiu em frente, passando pelo prédio da prefeitura, Viaduto do Chá e Teatro Municipal.

Por volta das 21h15, os manifestantes chegaram à Praça da República. Cerca de 20 minutos depois, bombas e balas de borracha começaram a ser lançadas contra a multidão e houve correria. A estação de metrô República teve seus acessos fechados durante o tempo em que os manifestantes ficaram no local.

Em sua página no Facebook, o MPL afirmou que a polícia impediu a manifestação de seguir seu percurso. “A Secretaria de Segurança Pública acha que pode decidir o trajeto da manifestação de um movimento social. E, para garantir sua decisão inconstitucional, agride manifestantes pacíficos que estavam com as mão para cima”, acrescentou o movimento.

De acordo com representantes do MPL, quatro pessoas foram detidas no 1º DP. Até as 23h08, a assessoria de imprensa da PM não tinha informações sobre o número de feridos ou de detidos na manifestação.