O comandante da operação de hoje no ato contra o aumento da tarifa em
São Paulo, tenente coronel Motta Neto, fala antes da saída dos
manifestantes que, caso o MPL não seguisse o trajeto proposto pela PM,
eles usariam "recursos gradativos de acordo com o que fosse acontecendo"
e que tudo seria uma reação.
O trajeto divulgado nas redes sociais
pelo MPL dizia que o Ato seguiria até a ALESP pela Av. 23 de Maio,
porém o trajeto "liberado" pela PM era até a Praça da República.
Ao
chegarem na Praça foram recebidos por um grande contingente da Tropa de
Choque que os reprimiu e não permitiu que o ato avançasse, terminando
por fim, sendo repreendido fortemente pela polícia.
Manifestantes saíram feridos e 9 pessoas foram levadas, possivelmente, para o 3o DP , localizado no centro da cidade.
Os manifestantes exigem a redução do preço da passagem do metrô, trem e
ônibus, que de R$ 3,50 passaram a valer R$ 3,80, no dia 9 de janeiro.
Veja o vídeo da Mídia NINJA ***** Veja também: PM usa bombas e balas de borracha contra protesto pelo aumento de tarifas em SP
Camila Boehm - Reporter da Agência Brasil
No início da manifestação, a PM informou que a passeata deveria seguir itinerário decidido pela Secretaria da Segurança PúblicaRovena Rosa/Agência Brasil Com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, a Polícia Militar (PM) dispersou
novamente a manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) contra o
aumento da tarifa do transporte público coletivo em São Paulo. Pelo
menos três pessoas feridas. A polícia começou a disparar contra os
manifestantes na Praça da República, na região central da capital.
Os
ativistas pretendiam seguir com a passeata até a Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo, no Ibirapuera. No entanto, a polícia impediu
que a caminhada passasse da Praça da República.
No
início da manifestação, a PM informou que a passeata deveria seguir
itinerário decidido pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), com
encerramento na Praça da República e que o trajeto pretendido pelos
manifestantes não seria autorizado.
A alegação da secretaria é que o percurso do MPL encontraria no outra manifestação, a dos motoristas de vans.
O
grupo de manifestantes, que se reuniu às 17h no Terminal Parque Dom
Pedro II, iniciou a passeata somente por volta das 20h por causa do
impasse com a PM sobre o trajeto. A caminhada seguiu pelas ruas General
Carneiro e Boa Vista, passando pelo Largo São Bento até a Rua Líbero
Badaró, quando estourou a primeira bomba.
Após um
princípio de tumulto, a manifestação seguiu em frente, passando pelo
prédio da prefeitura, Viaduto do Chá e Teatro Municipal.
Por
volta das 21h15, os manifestantes chegaram à Praça da República. Cerca
de 20 minutos depois, bombas e balas de borracha começaram a ser
lançadas contra a multidão e houve correria. A estação de metrô
República teve seus acessos fechados durante o tempo em que os
manifestantes ficaram no local.
Em sua página no Facebook, o MPL
afirmou que a polícia impediu a manifestação de seguir seu percurso. “A
Secretaria de Segurança Pública acha que pode decidir o trajeto da
manifestação de um movimento social. E, para garantir sua decisão
inconstitucional, agride manifestantes pacíficos que estavam com as mão
para cima”, acrescentou o movimento.
De acordo com representantes do MPL, quatro pessoas foram detidas no 1º DP. Até as 23h08, a assessoria de imprensa da PM não tinha informações sobre o número de feridos ou de detidos na manifestação.