Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Depois de 30 anos de inutilidade parlamentar, enganou 58 milhões de brasileiros, se transformou em presidente

Segunda, 5 de novembro de 2018
Por
Helio Fernandes

1 ano e meio de vereador, 7 mandatos de deputado, desconhecido e ignorado, apenas dois  momentos de destaque. O primeiro, covarde agressão verbal contra uma deputada, que cumpria integralmente sua obrigação. Está sendo processado a anos, não lhe acontece nada.
A segunda manchete, que revelava toda a sua falta de caráter, de dignidade e credibilidade. No plenário, diante de toda a Câmara. Pegou o microfone, e de forma exaltada, confessou: "Meu grande ídolo, um dos maiores brasileiros, é o  coronel Brilhante Ulstra".

Para quem não lembra ou se esqueceu, é o mais selvagem torturador. Principalmente de mulheres. Contra elas inventava as torturas mais cruéis e até nojentas.

Não aconteceu nada a ele nem a qualquer dos oficiais que implantaram o 64, "em nome de Deus, da Pátria e da Família". Bolsonaro já estava longe, afastado do convívio militar.

Só que ninguém imaginava que o futuro o traria a essa condição de receber o voto de 58 milhões de pessoas, superando os 90 milhões, que o recusaram inteiramente. Votaram no adversário ou se recusaram a votar nele.

Suas deficiências e restrições, em todas as duas campanhas, (primeiro e segundo turno) eram traduzidas em 3 palavras exaustivamente repetidas. Nazista, fascista, racista.

Os maiores jornais do mundo,  usavam aprimeira pagina para lamentar que o Brasil caminhasse para ter um presidente  ascista. Vejamos como tenta formar a equipe, exibindo uma felicidade exuberante.

BOLSONARO, "ELEITO" E ISOLADO.

Sem assessor de imprensa. Sem Ministro de Comunicação. Sem porta-voz. Sem ter o que transmitir.

A FARSA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O acordo Moro-Bolsonaro, estava fechado muito antes da eleição. A nomeação para o STF, fator fundamental para a coordenação da conspiração judiciária, contra Lula. Nenhuma referencia ao ministério da Justiça. Paulo Guedes não sabia de nada, nunca esteve no circuito. A ideia de fazer Moro ministro da Justiça, surgiu agora. Por dois motivos.

1-  Vaga certa para o STF, só dentro de 2 anos e meio. A de Gilmar Mendes, duvidosa e aleatória.

2- Na segunda feira, surgiu a ideia, de não deixar Moro exposto 3 anos na  lava-jato. Concordaram logo, que ministro da Justiça teria mais poderes. E não havia ninguém para o cargo. Estava tudo decidido, por que o tom de duvida?

Todas as televisões e os sites dos jornais, desinformaram; "Moro ACEITA ser ministro da Justiça". Estava tudo combinado, Moro já veio com um plano de repressão ao  crime organizado, duríssimo.

PS-  Tão violento e repressivo, quanto o do governador do Estado do Rio.  Que autoriza atirar para matar, mesmo de helicóptero.

*Matéria pode ser republicada com citação do autor
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