Quarta, 6 de março de 2019
Puxada pela Associação Mãos que Ajudam (AMA), a passeata acontecerá neste próximo sábado (9/3), saindo da Rodoviária da cidade. Tem como tema a violência contra a mulher, vítima de feminicídios, agressões, estupros, humilhações.
O projeto AMA tem como principal objetivo praticar a solidariedade.
A Associação Mãos que Ajudam já realizou alguns eventos, como, por exemplo, distribuição de alimentos nas ruas, visitas a asilos e creches, esportes coletivos de mulheres.
Agora está focada em relação a violência contra a mulher!!
E quer dar voz a essas mulheres!
"Chega de feminicídio, agressões e estupros. Lutaremos por isso", enfatiza a AMA na convocação do ato de sábado.
A passeata acontecerá:
Dia 09 de março.
Horário 9h30.
A passeata sairá da frente da rodoviária do Gama.
Participe!!!
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Ainda sobre violência contra a mulher:
Eu te levantaria daí e te levaria pra ver o pôr do Sol no Arpoador, se o mundo girasse ao contrário… Mas o mundo não gira.
Que cada uma de nós seja porta voz do ocorrido¹. Se a grande mídia não denuncia a violência contra a mulher periférica, que nossas mãos sejam denúncia.
Em segundos, milhares de mulheres se uniram na tarefa da conscientização de umas às outras, da denúncia formal, via PF, MP e Disque 180.
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Leia também:
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Ainda sobre violência contra a mulher:
Trinta homens😰😱😰😱😰😱😰, por Luara Colpa
Quinta, 26 de maio de 2016
Trinta homens, por Luara Colpa
Trinta.
Vinte e nove
Vinte e oito
Vinte e sete
Vinte e seis
Vinte e cinco
Vinte e quatro
Vinte e três
Vinte e dois
Vinte e um
Vinte
Dezenove
Dezoito
Dezessete
Dezesseis
Quinze
Quatorze
Treze
Doze
Onze
Dez
Nove
Oito
Sete
Seis
Cinco
Quatro
Três
Dois
Um
Nenhum.
Eu tiraria todos – um por um – de cima de você neste momento, irmã.
Eu limparia seu corpo, tiraria o som dos seus ouvidos, o cheiro deste lugar, as lembranças. Se o tempo voltasse, eu os impediria de terem saído de casa. Todos eles.
Eu desligaria os celulares, os computadores, tiraria baterias dos carros, dos ônibus. Eu faria feitiço, veneno, poção, dor de barriga para todos. Trinta.
Eu te levantaria daí e te levaria pra ver o pôr do Sol no Arpoador, se o mundo girasse ao contrário… Mas o mundo não gira.
Foram Trinta.
Um ex-companheiro e vinte e nove “amigos”.
Nenhum deles se compadeceu.
Vinte e nove seres humanos toparam se unir a um criminoso.
Trinta.
Trinta e um agora compartilharam. Trinta e dois riram. Trinta e três justificaram. Trinta e quatro se excitaram, trinta e cinco procuram o vídeo neste momento.
Agora o número se torna uma projeção geométrica. A misoginia aparenta infinita, o ódio e o machismo aparentam grandiosos demais. A primeira reação do público masculino em geral é ver o vídeo.
No entanto, quando pensei que fôssemos só nós duas, olhei para o lado e vi três, quatro, cinco. Chegaram seis, sete, oito, trinta.
Em segundos fomos noventa, cem, mil, somos milhares por você. Aquele som, aquele cheiro… Queremos que sua memória apague, mana!
E que o mundo nos ouça: “A CULPA NUNCA É DA VÍTIMA”. Que ecoe.
Que ecoe: Daqui vocês não passam. Não passarão.
Que cada uma de nós seja porta voz do ocorrido¹. Se a grande mídia não denuncia a violência contra a mulher periférica, que nossas mãos sejam denúncia.
Na violência contra a mulher todas metemos a colher.
DENUNCIE.
No site do Ministério Público, Polícia Federal e disque 180. Mexeu com uma, mexeu com todas.
Disque 180.
¹- Em tempo: Acaba de ser noticiado via redes sociais, que uma garota “Bia” fora estuprada por 30 homens no RJ. O motivo é vingança do ex-namorado, que convidou mais 29 “amigos” para estuprar a vítima. Nenhum se absteve, nenhum deles parou os amigos, nenhum saiu do local, Vi no twitter e muitos outros homens compartilharam em suas redes sociais, fizeram piada e justificaram o crime.
Em segundos, milhares de mulheres se uniram na tarefa da conscientização de umas às outras, da denúncia formal, via PF, MP e Disque 180.
“O correto, nesses casos, não é denunciar o perfil do divulgador do material pela “timeline” da rede social.
Ajudem a denunciar, copiando a URL dos twittes e colando nos locais de denúncia dos sites :
– http://denuncia.pf.gov.br/
– http://www.safernet.org.br/site/
– http://www.humanizaredes.gov.br/disque100/
Na ouvidoria no site do Ministério Público do RJ
(mprj.mp.br/cidadao/ouvidoria) É importante se identificar.
Ou Ligue 180 também é um caminho para denunciar.”
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Luara Colpa é brasileira, tem 28 anos. É mulher em um país patriarcal e oligárquico. Feminista e militante por conseguinte. Estuda Direito do Trabalhador e o que sente, escreve
Luara Colpa é brasileira, tem 28 anos. É mulher em um país patriarcal e oligárquico. Feminista e militante por conseguinte. Estuda Direito do Trabalhador e o que sente, escreve