Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Grilagens pipocam nas áreas verdes do Park Way

Segunda, 12 de outubro de 2020

Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Espécime em extinção, um Lobo Guará foi captado pelas lentes de Ricardo Pinheiro, morador do bairro. A preservação da natureza no Park Way é capaz de proteger animais como o Lobo Guará.

Dois exemplos, ambos na quadra 26 do bairro, demonstram como há desrespeito ao meio-ambiente e à coisa pública. Como se fosse área particular, áreas verdes vem sendo cercadas para constituir uma espécie de invasão chique. Os 20 mil metros quadrados de cada lote do Park Way – fracionados em até oito partes – parecem não ser suficiente. É preciso invadir, cercar e ocupar aquilo que é público.

Por Chico Sant’Anna

Encontrar animais silvestres, alguns até em situação de extinção, não é coisa rara no Park Way. Finais de agosto, uma manada de capivaras atravessando tranquilamente as ruas foi avistada na Quadra 17 do bairro. Mais recentemente, um garboso Lobo Guará passeava pelas margens da Lagoa do Cedro, no Park Way.

















Tranquilo e sereno, defecou no local, marcando seu território. Mal sabia ele, que a ação dos grileiros e invasores é bem mais forte do que o odor de suas fezes ali deixadas. E não tardou muito. Dias depois, grileiros munidos de documentos esquentados em cartórios do Entorno chegaram com caminhão, tijolos e escoras para cercar uma área que é pública, de proteção ambiental, mas que eles acusavam terem recebido de herança de seus antepassados.

Veja aqui as imagens do Lobo Guará, na Lagoa do Cedro

A ação dos vizinhos foi providencial. Acionaram o Conselho de Segurança do Park Way – Conseg, a ACPW e a AMAC PARK WAY, duas associações comunitárias atentas à preservação, que por sua vez acionaram Polícia Ambiental, Ibram, Administração do Park Way e até o Ministério Público.

Leia a íntegra