Sexta, 1 de junho de 2012
Da Agência Pulsar
Está marcado para o próximo domingo (3) um protesto contra a privatização do Maracanã. Além de criticar a concessão para a iniciativa privada, o ato reivindicará a garantia de setores populares no estádio.
Está marcado para o próximo domingo (3) um protesto contra a privatização do Maracanã. Além de criticar a concessão para a iniciativa privada, o ato reivindicará a garantia de setores populares no estádio.
A manifestação é organizada pela campanha ‘O Maraca é Nosso!’, que reúne torcedores de vários times. Os organizadores pretendem levar diferentes bandeiras para simbolizar a união das torcidas em defesa de um Maracanã público e popular.
Os manifestantes acusam governantes de mau uso do dinheiro público na reforma do estádio. Em 1999, foram gastos 237 milhões de reais na reforma para o Mundial de Clubes. Já em 2007, para realizar os Jogos Panamericanos, foram mais 397 milhões de reais.
Agora, o governo praticamente colocou o estádio abaixo e o orçamento já ultrapassa 1 bilhão de reais. Gustavo Mehl, do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, lembra que, nos últimos 8 anos, o estádio passou mais tempo fechado do que em atividade. O torcedor critica o “perfil elitista e restritivo” do projeto em execução, que reflete “um estádio encolhido, para turista”.
Depois de acabar com a Geral, setor mais popular do Maracanã, agora chegou a vez de dar fim às arquibancadas para atender às exigências da Federação Internacional do Futebol (Fifa). Os setores já representaram 80% do estádio. O movimento avalia que este tipo de reforma tenta adaptar o estilo de torcer do brasileiro ao padrão europeu, além de afastar a população mais pobre dos jogos.
Neste domingo, os torcedores se concentrarão às 14h, no Posto 9, na Praia de Ipanema, ao mesmo tempo que a seleção brasileira enfrenta a mexicana em Dallas, nos Estados Unidos. Eles também prometem protestar em frente à casa do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), na Avenida Delfim Moreira, no bairro carioca Leblon. (pulsar)
