Sábado, 12 de maio de 2012
Carlos Newton
A Justiça do Distrito Federal decretou a quebra dos sigilos bancário e
fiscal do bicheiro Carlinhos Cachoeira, da Delta Construções e de sete
pessoas denunciadas na Operação Saint-Michel pelos crimes de formação de
quadrilha e tráfico de influência para tentar conseguir o contrato de
bilhetagem eletrônica do transporte público coletivo do governo de
Agnelo Queiroz (PT).
Entre os atingidos com a medida estão todos os acusados na ação penal
proposta nesta semana pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas
do Ministério Público do DF, entre os quais o ex-diretor da Delta
Cláudio Abreu, que cumpre prisão preventiva no Complexo Penitenciário da
Papuda, e o executivo da empresa em São Paulo Heraldo Puccini Neto,
foragido desde 25 de abril. O dono da Delta, Fernando Cavendish, porém,
ficou de fora.
Reportagem de Ana Maria Campos, no Correio Braziliense, mostra que os
dados das contas correntes e declarações de Imposto de Renda dos
investigados vão abranger o período de janeiro de 2009 até os dias
atuais. A Delta Construções terá de encaminhar informações sobre a
movimentação das contas bancárias da empresa em todo o país.
A Operação Saint-Michel, um desdobramento da Operação Monte Carlo,
obteve ainda a decisão judicial de sequestro e bloqueio dos bens de
Cachoeira e de todas as pessoas físicas investigadas. Significa que o
patrimônio declarado em nome dos integrantes do suposto esquema está
indisponível enquanto a decisão estiver em vigor.
A medida é uma forma de garantir ressarcimento de eventual prejuízo
provocado aos cofres públicos pelo esquema criminoso e o pagamento da
multa estipulada pela Justiça em caso de condenação, se é que vocês
acreditam que isso vai mesmo acontecer.
Fonte: Tribuna da Internet
Fonte: Tribuna da Internet