Segunda, 7 de maio de 2012
Da Agência Brasil
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica constatou que, em abril, o
movimento de alta foi inverso ao apurado em março, quando a cesta ficou
mais barata em 11 cidades, principalmente, por influência da queda dos
preços da carne bovina naquele mês.
No grupo de alimentos que mais influenciaram o aumento do valor médio, o
óleo de soja subiu em 14 cidades; o feijão apresentou alta em 12
localidades; e o leite, o pão e o tomate tiveram elevação em dez
capitais. A batata também subiu de preço em oito das nove capitais em
que o custo do produto é acompanhado, com destaque para Goiânia, onde os
preços subiram 20,87% em abril, e Belo Horizonte, onde o aumento foi de
19,01%.
No caso do feijão, as altas expressivas foram influenciadas pela seca
que prejudicou as safras, especialmente na Bahia. Os maiores aumentos
foram encontrados em Fortaleza (19,52%), São Paulo (13,56%), Belém
(12,96%), Recife (12,67%) e Goiânia (10,30%).
No mês passado, as maiores elevações no custo médio da cesta foram
encontradas nas cidades de Manaus (3,80%), Fortaleza (3,54%), Natal
(2,93%) e Salvador (2,84%). Apenas as capitais Rio de Janeiro e Belo
Horizonte apresentaram retração, com reduções de -1,83% e -0,82%
respectivamente.
A cidade de São Paulo continua sendo o local onde se gasta mais para
uma alimentação completa. A cesta básica do paulistano custa em média R$
277,27. Em seguida, aparecem as cidades de Porto Alegre, com um custo
de R$ 268,10; Manaus, onde os gasto é de R$ 267,19; e Vitória, com valor
médio de R$ 262,14. A cesta mais barata foi encontrada em Aracaju
(R$192,52).
Considerando o acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o custo
médio da cesta básica caiu em seis localidades. As maiores baixas foram
apuradas em Vitória (-4,81%), Goiânia (-4,60%) e Rio de Janeiro
(-4,13%). Os aumentos mais expressivos foram registrados em João Pessoa
(6,24%), Natal (6,15%) e Aracaju (5,65%).
Na análise anual, em que é considerado o período entre maio de 2011 e
abril último, apenas as cidades de Natal, Rio de Janeiro e Goiânia
apresentaram retração no custo médio, com reduções de -1,74%, -1,22% e
-0,76%, respectivamente. Já as maiores elevações foram encontradas em
capitais do Norte e Nordeste: Recife (10,86%), João Pessoa (9,14%),
Manaus (7,77%), Belém (7,35%) e Salvador (7,15%).
Pelos cálculos do Dieese, para atender às necessidades básicas de uma
família, o salário mínimo, em abril, deveria ter sido R$ 2.329,35, o que
corresponde a 3,74 vezes o mínimo em vigor (R$ 622). Em março, o valor
estimado era um pouco menor, R$ 2.295,58 , ou seja, 3,69 vezes o mínimo
atual.
Colocar na mesa o conjunto de 13 produtos considerados
básicos para a alimentação do brasileiro ficou mais caro no mês de
abril, em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os alimentos que
mais influenciaram o aumento da cesta básica foram o óleo de soja, o
feijão, o leite, o pão, o tomate e a batata.