Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 21 de julho de 2013

MPF solicita novas investigações sobre quebra de sigilo de tucanos em 2010

Domingo, 21 de julho de 2013
O Ministério Público Federal acusa a Polícia Federal de desvios na apuração do episódio que marcou a última eleição presidencial – e recomenda que se investigue a cúpula do comitê de pré-campanha de Dilma
LEONARDO SOUZA
Revista Época

Denúncias de jogo sujo em campanhas eleitorais costumam ser embaraçosas para os candidatos – e às vezes fatais para seus projetos políticos. Em março de 2002, Roseana Sarney despontava como uma das favoritas para a Presidência da República, quando a Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo no escritório de uma empresa de sua propriedade. Ela foi obrigada a abrir mão da candidatura. Em 2006, Lula caminhava para uma reeleição fácil, quando petistas “aloprados” foram pilhados na compra de um dossiê fajuto contra políticos tucanos. O episódio foi considerado fator decisivo para a disputa ter ido para o segundo turno. Agora, um escândalo que marcou a eleição de 2010 volta a assombrar a presidente Dilma Rousseff, pré-candidata à reeleição em 2014: a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao oposicionista José Serra. No mês passado, de acordo com documentos a que ÉPOCA teve acesso com exclusividade, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou os responsáveis pelo crime, acusou a Polícia Federal de desvios na condução do caso – e solicitou novas investigações sobre os mandantes.