Terça, 3 de junho de 2014
Ao menos cinco categorias participaram do ato que reuniu cerca de 300 pessoas
No dia em que Goiânia recebeu o amistoso entre Brasil e Panamá, cerca
de 300 pessoas foram às ruas da capital nesta terça-feira (3/6) em
protesto contra os gastos públicos com a Copa do Mundo. Ao menos cinco
categorias integraram o ato, que foi acompanhado de perto pela Polícia
Militar (PM). Houve início de confronto entre manifestantes e agentes da
corporação. Os policiais chegaram a utilizar spray de pimenta para
impedir o acesso ao Estádio Serra Dourada.
Com concentração na Praça Cívica, centro da capital, o ato seguiu
rumo ao Serra pela Rua 83. Oficiais do Exército Brasileiro também
ajudaram a isolar o local. Depois de negado o acesso ao estádio, os
manifestantes paralisaram o trânsito na Avenida Fued José Sebba em
direção à BR-153. O trânsito na região ficou congestionado por cerca de
meia hora.
Já no final da manifestação, por volta das 17h, uma viatura da PM foi
atacada. Em resposta, os agentes impediram momentaneamente a
continuidade do ato. Logo depois, os manifestantes, em menor quantidade,
regressaram à Praça Cívica dando por fim o protesto. Por diversas
vezes, integrantes do ato hostilizaram a presença da imprensa durante a
cobertura do movimento.
A maioria dos manifestantes integra o Sindicato Municipal dos
Servidores da Educação de Goiânia (Simsed). A categoria está com as
atividades paralisadas desde o último dia 26. A reivindicação geral é o
cumprimento integral do acordo firmado entre a Prefeitura de Goiânia e
os educadores, como a incorporação da gratificação de regência de
classe, pagamento das titularidades e progressões. O compromisso foi
firmado em outubro do ano passado, quando houve a última greve, que na
época durou quase um mês.
Também participaram da manifestação integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINF/IFES) Goiás, servidores municipais da saúde, estudantes, membros do Movimento Tarifa Zero Goiânia e do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Coletivo de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo).
Além do questionamento quanto aos gastos públicos com o Mundial, os
manifestantes defendiam, entre outras bandeiras, o afastamento do
prefeito Paulo Garcia (PT) da administração da capital e o fim da
criminalização dos movimentos sociais.