Segunda, 18 de agosto de 2014
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O PIOR GOVERNO
Deixando Collor de parte, já que ele não
concluiu o mandato, podemos fazer a seguinte observação. A eleição de Tancredo
marcou o início do processo de construção de um novo Brasil. De lá para cá, os
governos que se sucederam entregaram, ao governo seguinte, um país melhor do
que o que tinham recebido. O grau de contribuição de cada um, na produção de
avanços na vida nacional, é variável. Mas sempre, na passagem do bastão, restou
algum saldo positivo. A triste e solitária exceção, nessa paisagem, é o governo
de Dilma Rousseff, quase sempre sinônimo de fracasso ou retrocesso.
Vejamos. Quando Sarney passou a bola, o Brasil tinha avançado no caminho da democracia. O Mercosul, em parceria com a Argentina de Alfonsín, tinha começado a se configurar. E, na dimensão legislativa, ocorreu um grande avanço histórico, no terreno dos direitos sociais, com a Constituição de 1988. Com a queda de Collor, Itamar, algo desacreditado, assumiu em meio à crise. Mas seu governo significou mais um passo firme no rumo da consolidação democrática. E, sobretudo, deu início ao processo de estabilização econômica.
Vejamos. Quando Sarney passou a bola, o Brasil tinha avançado no caminho da democracia. O Mercosul, em parceria com a Argentina de Alfonsín, tinha começado a se configurar. E, na dimensão legislativa, ocorreu um grande avanço histórico, no terreno dos direitos sociais, com a Constituição de 1988. Com a queda de Collor, Itamar, algo desacreditado, assumiu em meio à crise. Mas seu governo significou mais um passo firme no rumo da consolidação democrática. E, sobretudo, deu início ao processo de estabilização econômica.
Fernando Henrique nos conduziu à conquista
plena da estabilidade econômica, fazendo o que parecia impossível: nocautear a
inflação. O Plano Real se afirmou vitoriosamente. Além disso, FHC fez a agenda
social avançar. Houve redução da pobreza, em consequência do próprio fim da
inflação. Já perto do final de seu segundo mandato, a desigualdade de renda
começou a cair, graças principalmente ao programa Bolsa Escola (que o PT
tratava pejorativamente de “bolsa esmola”, embora fosse recriá-lo no Bolsa
Família). E o Brasil assumiu novo protagonismo no sistema das relações
internacionais.
Em seguida, veio Lula – e os avanços prosseguiram firmes. Lula alargou em extensão inédita as políticas sociais, ampliando como nunca o raio da inclusão e a dimensão do mercado interno, retirando milhões de brasileiros da pobreza, promovendo ascensão social. De Fernando Henrique, ele não só manteve o tripé macroeconômico, agora sob a regência do ministro Palocci, como aumentou o peso e estendeu o alcance das ações internacionais do país.
Em seguida, veio Lula – e os avanços prosseguiram firmes. Lula alargou em extensão inédita as políticas sociais, ampliando como nunca o raio da inclusão e a dimensão do mercado interno, retirando milhões de brasileiros da pobreza, promovendo ascensão social. De Fernando Henrique, ele não só manteve o tripé macroeconômico, agora sob a regência do ministro Palocci, como aumentou o peso e estendeu o alcance das ações internacionais do país.
E Dilma?
Bem, ela quebra toda essa cadeia de avanços, conquistas e realizações
significativas. Seu governo meteu os pés pelas mãos na economia. Estamos hoje
numa situação crítica, combinando a volta da inflação com um crescimento
minúsculo, a caminho da recessão. A agenda ambiental só conheceu retrocessos, a
política externa é atrasada e confusa, a Petrobrás entrou em parafuso, a
reforma urbana foi abandonada, o salário mínimo murcha e assistimos à
degradação total dos serviços públicos.
Assim,
pela primeira vez na história brasileira pós-ditadura militar, um governo vai
entregar, ao seu sucessor, um país muito pior do que aquele que recebeu. Pela
primeira vez, nesse período histórico, será correto falar, com absoluta
propriedade e absoluta justeza, de “herança maldita”. É o retrato acabado do
pior governo que tivemos depois da reconquista da democracia.
Fonte: Blog Bahia em Pauta
Fonte: Blog Bahia em Pauta