Sexta, 3 de
julho de 2015
André Richter – Repórter da Agência Brasil
A Justiça Federal negou hoje (3) pedido
de habeas corpus contra eventual prisão do ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Na decisão, o
desembargador Nivaldo Brunoni entendeu que o receio de ser preso não comporta
decisão preventiva do Judiciário.
Ontem (3), ao protocolar o pedido no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado
em Porto Alegre, o advogado de Dirceu, Roberto Podval, argumentou que, devido à
dinâmica das investigações, “tudo leva a crer” que Dirceu está prestes a ser
preso.
Ao rejeitar o pedido, o desembargador disse
que o fato de o ex-ministro ter sido citado pelo empresário Milton Pascowitch,
em depoimento de delação premiada, não significa que ele será preso. “No âmbito
da Operação Lava Jato há investigados presos preventivamente e outros foram
soltos mediante a fixação de condições pela autoridade ora apontada como
coatora. Além destes, muitos foram conduzidos para prestar depoimento, mas
sequer chegaram a ser presos”, disse Brunoni.
O ex-ministro cumpre prisão em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do
mensalão.