André Richter - Repórter da Agência Brasil
Brunoni diz que citação em depoimento de delação premiada não significa que José Dirceu será preso
O juiz federal Nivaldo Brunoni decidiu hoje (10) manter a
decisão que rejeitou habeas corpuspreventivo ao ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu. Na semana
passada, o juiz negou o mesmo pedido do ex-ministro para evitar sua
eventual prisão na Operação Lava Jato.
Ao rejeitar o novo pedido de habeas corpuspreventivo,
o juiz manteve os argumentos da primeira decisão. Ele entendeu que o receio de
ser preso não justifica decisão preventiva do Judiciário.
Nivaldo Brunoni disse que o fato de Dirceu ter sido
citado pelo empresário Milton Pascowitch, em depoimento de delação premiada,
não significa que ele será preso.
O advogado do ex-ministro, Roberto Podval, ressaltou no recurso
que, devido à dinâmica das investigações, “tudo leva a crer” que José Dirceu
está prestes a ser preso. Podval afirmou que a eventual prisão de Dirceu não se
justifica, pois ele está colaborando desde o momento em que passou a ser
investigado na Lava Jato. A defesa alega que o ex-ministro é alvo de uma “sanha
persecutória”.
O ex-ministro cumpre prisão em regime aberto
por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.