Da Tribuna da Imprensa
Via Correio do Rio
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Confira aqui o vídeo. |
Mesmo sob forte chuva, os cariocas foram às ruas em mais um
ato contra o hediondo aumento das tarifas de transportes promovido pelo poder
público. Diante de uma diminuição no número de ônibus e linhas que está
causando uma dificuldade enorme a quem mora em locais mais afastados, esse aumento foi a gota d’água para que a população se
manifestasse.
Presenças não muito agradáveis foram notadas, como indivíduos
segurando bandeiras que exaltavam o estado, algo que se tornou uma piada de mau
gosto atualmente, quando a população se vê vítima desse mesmo estado e dos
interesses dos poderosos.
Por onde passava, o ato era saudado e comemorado pela
população que, indignada, se vê agredida pela política de imobilidade urbana.
Ao se aproximar da central do Brasil – estando em um horário onde muitos
trabalhadores estão indo para seus lares mesmo enfrentando o caos do transporte
público – a Supervia mesmo não sendo o alvo imediato dos protestos tomou uma
medida de ataque aos seus usuários, fechando os portões e deixando inúmeros
trabalhadores cansados após suas respectivas jornadas de trabalho expostos à
chuva e à possibilidade de violência oriunda do excesso de forças policiais que
sabidamente atacam a população mais pobre.
Como os manifestantes não iniciaram confronto, indivíduos
sabidamente agressivos nas fileiras das forças do estado iniciaram o confronto
com revistas vexatórias e posteriormente agredindo fisicamente um membro da
imprensa independente após falhar em destruir seu equipamento.
Não satisfeitos, deram voz de prisão a quem contestava o fato
de jovens notoriamente negros estarem sendo parados para a revista vexatória e
por último ainda intimaram um membro da imprensa que fazia transmissão ao vivo
como testemunha.
No Rio de Janeiro, infelizmente, a liberdade de imprensa e de
opinião está sob forte ataque.