Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

No DF, homem é condenado por tentativa de feminicídio e divulgação de imagens íntimas

 Quinta, 26 de novembro de 2020

As agressões foram cometidas  no local de trabalho da vítima, em 2018

A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Taguatinga obteve a condenação de Fagner Mororó Ramos a 9 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de tentativa de feminicídio, furto e pela divulgação de cenas de sexo, agravado pelo fato de ter sido praticado por alguém que teve relação de afeto com a vítima. O júri foi realizado nesta terça-feira, 24 de novembro, no Fórum de Taguatinga.

O crime ocorreu em novembro de 2018, nas dependências do Hotel Canadá, onde a vítima trabalhava, localizado em Taguatinga. O autor não aceitou o fim do relacionamento e se dirigiu ao  local. Ao encontrá-la, deu início a brutais agressões com murros e chutes em sua cabeça. O gerente do hotel tentou intervir mas foi ameaçado pelo réu, quando a vítima já estava caída no chão. Em seguida, apareceu um policial à paisana que estava nas redondezas, o que fez com que o acusado fugisse. Antes de fugir, furtou o celular da vítima e passou a divulgar fotos íntimas em redes sociais.

Violência Doméstica

O processo teve início na Vara de Violência Doméstica mas a magistrada do caso entendeu haver vontade de matar, remetendo os autos ao Tribunal do Júri. Além disso, Fagner já tinha dois pedidos de medidas protetivas em duas relações afetivas anteriores. No entanto, as vítimas desistiram de prosseguir com os processos.

Para o promotor de Justiça Bernardo Urbano, é "mais um caso de progressão criminosa que leva a chegar ao extremo. Duas outras mulheres já haviam sido vítimas dele. Não deram prosseguimento, o que, sem dúvida, lhe incutiu a crença de que estava agindo certo. Mas o mais pedagógico foi a condenação pela divulgação de cena de sexo agravado pelo fato de já terem mantido uma relação íntima e, ademais, tendo usado a divulgação como mais uma forma de humilhar a vítima. No caso, pretendia-se a morte física e a morte moral da vítima".


Fonte: MPDF