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(Millôr Fernandes)

sábado, 29 de outubro de 2016

MBL financia grupos para agredir estudantes nas escolas ocupadas em Curitiba

Sábado, 29 de outubro de 2016
Do Democratize

Foto: Gabriel Soares/Democratize
Enquanto ignoram o avanço da Lava Jato contra o partido do presidente Michel Temer (PMDB), apoiando os pacotes de ajuste fiscal e cortes a Educação e Saúde, o Movimento Brasil Livre foi flagrado recentemente abordando e agredindo jovens menores de idade nas escolas ocupadas em Curitiba.


Por Francisco Toledo

Recentemente, o Movimento Brasil Livre postou em sua página oficial que viajaria até o Rio de Janeiro para “boicotar” qualquer avanço eleitoral do candidato do PSOL, Marcelo Freixo, que disputa o segundo turno contra Crivella (PRB).

Em um dos vídeos publicados pelo grupo na página do Facebook, era possível ver o coordenador nacional do movimento, Renan Santos, além do “youtuber” Arthur, do recém lançado canal chamado Mamaefalei.

O suposto trabalho de Arthur é exatamente esse: ir em manifestações e mobilizações de esquerda, com o objetivo de gravar vídeos ironizando o posicionamento das pessoas envolvidas. Segundo informações de ex-membros do MBL, o youtuber é financiado pelo grupo, e não possui outro trabalho.

Não por acaso, Arthur já viajou para diversos estados fora de São Paulo com o simples objetivo de gravar vídeos ironizando qualquer manifestação contra o presidente Michel Temer (PMDB), que se reuniu recentemente com o grupo para montar uma estratégia de defesa das reformas pretendidas pelo governo nos próximos meses — incluindo a PEC 241, ou a MP do Ensino Médio.

E foi justamente por causa desses dois temas que estudantes começaram a ocupar escolas estaduais no Paraná e no restante do Brasil. Até o momento, já são mais de 800 escolas ocupadas em todo o país — mais de 600 apenas no Paraná.

Tanto o MBL quanto Arthur não perderiam a oportunidade de tentar enfraquecer o movimento estudantil diante da opinião pública.


O problema é que a grande maioria dos estudantes nas escolas ocupadas do Paraná são menores de idade. E mesmo assim, sem qualquer permissão dos pais dos alunos, Arthur começou a gravar seu vídeo em uma das escolas ocupadas, o Colégio Estadual do Paraná — a maior escola do estado — filmando os rostos dos jovens.

Ao lado de membros de outro grupo, chamado Direita Curitiba, Arthur é acusado pelos estudantes de entrar de maneira forçada nas dependências da escola, além de abusar sexualmente de uma jovem, que abriu um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher após o caso.

Um estudante ainda acabou sendo agredido por Arthur.

Em resposta, o youtuber afirma que a agressão começou por parte de um dos estudantes, que tentou segurar sua câmera.

Os secundaristas se defendem, acusando Arthur de não respeitar os jovens no local, que já haviam afirmado por diversas vezes que não estariam dispostos a gravar uma entrevista, principalmente após as denúncias de agressão sexual que o grupo teria cometido contra uma jovem.


Foto: Reprodução/Esquerda Diário