Segunda, 31 de outubro
O governador do DF agora pode sentir
dor de ouvido, pois no Hospital Regional do Gama ele já poderá ser submetido a ato
médico para limpeza e drenagem de algum líquido que possa estar causando as dores.
Até algum tempo atrás, ele iria chorar
de dor esperando em cima de uma maca —se é que conseguiria— sem lençol, e
jogado em qualquer corredor do HRG. Iria esperar, mas não seria atendido como
merece, tanto ele quanto qualquer cristão, ou ateu.
É que um dos materiais usados para
retirar líquidos dos ouvidos é a seringa
de 20 ml. E não havia no HRG, e nem no almoxarifado da Secretaria de Saúde.
A solução administrativa foi sair à
cata de quem, no Goiás, pudesse emprestar algumas das seringas de 20 ml. Vai de
cá, vai de lá, e veja quem veio em socorro do HRG? Do HRG, não. Dos sofredores
pacientes do Hospital Regional do Gama. O material foi conseguido à beira da BR
40, na saúde do Jardim Ingá, distrito de Luziânia.
E a Secretaria de Saúde do DF está a
merecer uma senhora seringada de competência, pois continua um caos, nem
seringa de determinadas especificações consegue colocar à disposição dos
hospitais. Nem gesso —o HRG conseguiu alguma quantidade emprestada de
Valparaíso. Obrigado, Valparaíso; obrigado Jardim Ingá; obrigado, Goiás—, nem reagentes para determinados exames, nem pediatras,
nem outras médicos de determinadas especializações. Um caos!!!
E as unidades de pediatria do HRG e de Santa Maria
continuam como d’antes. Fechadas. Como respostas, blá blá blá e mais blá blá blá.