Segunda, 24 de outubro de 2016
André Richter - da Agência Brasil
A Justiça Federal negou pedido de liberdade ao ex-ministro Antônio Palocci, indiciado hoje (24)
pela Polícia Federal (PF), na Operação Lava Jato. A decisão foi
proferida pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal
Regional Federal (TRF-4), sediado em Porto Alegre. Palocci está preso
desde o dia 26 de setembro na carceragem da PF em Curitiba (PR).
Na
decisão, o magistrado considerou que há “prova de materialidade e de
indícios de autoria” que justifiquem a prisão cautelar de Palocci. A
prisão foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal
em Curitiba.
Palocci e mais cinco investigados foram indiciados
por corrupção passiva. De acordo com a PF, Palocci pediu e recebeu R$ 28
milhões para beneficiar a empreiteira Odebrecht em contratos com o
governo federal, por meio de repasses para a empresa de consultoria do
ex-ministro.
Segundo os investigadores, os pagamentos ao
ex-ministro eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da
empreiteira, responsável pelo pagamento de propina a políticos. Durante o
inquérito, os delegados concluíram, após analisarem planilhas
apreendidas, que Palocci era identificado com "italiano".
O
advogado de Palocci, José Roberto Batocchio, disse que o indiciamento de
seu cliente “trata-se de uma primorosa obra de ficção literária”.