Quinta, 13 de janeiro de 2011
Foto: Leopoldo Silva
O
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) pretende reapresentar requerimento
para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação tão
logo o Senado retorne às atividades, em fevereiro. A intenção, informou o
senador, é apurar as causas que impedem o avanço na qualidade da
educação no ritmo exigido pela sociedade atual.
Cristovam disse à Agência Senado
nesta quinta-feira (13) que já havia conseguido as assinaturas
necessárias e a CPI da Educação foi criada pela Mesa diretora, em 2008.
No entanto, lembrou, por solicitação do ministro da Educação, Fernando
Haddad, os senadores da base aliada retiraram suas assinaturas do
requerimento e a CPI foi arquivada.
- Na mesma
noite [em que foi instalada], o ministro pediu aos senadores a retirada
das assinaturas e a CPI foi assassinada - disse Cristovam.
Ex-ministro
da Educação e ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB), Cristovam
disse esperar que o ministro Haddad entenda que a CPI não é contra o
governo. Na avaliação do senador, é necessário fazer uma retrospectiva
dos 500 anos em que a educação ficou "relegada" no Brasil.
Para
ele, a melhoria na área educacional que tem acontecido no país está
muito aquém das necessidades, uma vez que a cada dia é exigida mais
qualificação do profissional. Ele observou que o crescimento econômico
de um país atualmente acontece por meio do desenvolvimento tecnológico, o
que requer investimentos nas escolas.
- [O
sistema educacional] mudou muito pouco. Estamos avançando e, ao mesmo
tempo, ficando para trás. Isso acontece porque os outros países avançam
mais do que o Brasil e porque as exigências hoje são maiores -
argumentou o senador.