Domingo, 13 de maio de 2012
Da Revista Veja
Antonio Fernando de Souza foi o procurador-geral da República que, em 2006, transformou 40 petistas e aliados em réus. Hoje, ele afirma que qualquer tentativa de dizer que os "fatos (do mensalão) não existiram é brigar com a realidade"
Hugo Marques
Antonio Fernando: “O Supremo jamais faria um justiçamento. Fará, sim, um julgamento com base nas provas e testemunhos”
(Cristiano Mariz)
Em 2006, o então procurador- geral da República Antonio Fernando de Souza transformou em réus 40 petistas e aliados. Eles operavam o que foi caracterizado na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal de "sofisticada organização criminosa", encabeçada pelo ex-ministro José Dirceu. Agora, com a proximidade do julgamento, o ex-chefe do Ministério Público afirma que a tentativa de negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.
O senhor sofreu pressão para não apresentar a denúncia do mensalão?
Não. Minha postura reservada sempre inibiu qualquer atitude desse tipo.
Nunca assumi nenhum compromisso com as autoridades que me procuraram.
Fiz meu trabalho da forma mais precisa e célere possível. Tinha 100% de
convicção formada. Conseguimos fazer a relação entre os fatos e montamos
o quebra-cabeça do esquema, tudo em cima de documentos, de provas
consistentes.
O PT tem se dedicado a difundir a versão de que o mensalão não passa de uma farsa...
Chamar esse episódio de farsa é acusar o procurador-geral e os ministros do Supremo de farsantes. Dizer que aqueles fatos não existiram é brigar com a realidade, é querer apagar a história. Esse discurso não produzirá nenhum efeito no STF. Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há inúmeras provas de tudo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura.
Leia a íntegra
O PT tem se dedicado a difundir a versão de que o mensalão não passa de uma farsa...
Chamar esse episódio de farsa é acusar o procurador-geral e os ministros do Supremo de farsantes. Dizer que aqueles fatos não existiram é brigar com a realidade, é querer apagar a história. Esse discurso não produzirá nenhum efeito no STF. Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há inúmeras provas de tudo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura.
Leia a íntegra