Quinta, 7 de junho de 2012
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
A greve dos professores das universidades federais já
completou mais de 20 dias com adesão de profissionais de 51
instituições. Mas ainda não há previsão para o fim da paralisação, já
que, desde que a greve foi decretada, não houve nenhuma reunião de
negociação entre a categoria e o Ministério do Planejamento. Na
terça-feira (5), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reuniu-se
com o comando de greve e informou que uma nova reunião será feita na
próxima semana, mas o encontro ainda não foi marcado, segundo o
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes).
Após a Marcha Unificada dos Servidores Públicos que reuniu diversas
categorias em Brasília no início da semana, membros dos sindicatos se
encontram com o secretário executivo adjunto do Ministério do
Planejamento, Valter Silva. Mas, segundo Aloisio Porto, do Comando de
Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes), não foi feita nenhuma nova proposta. "O MEC chamou a gente para
conversar, mas por causa da pressão. Eles ainda não têm uma proposta
concreta", disse o líder sindical.
A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de
carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um
reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do
plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não
houve avanço na revisão da carreira. O Ministério da Educação considera a
greve precipitada, já que, na avaliação de Mercadante, há tempo
suficiente de reformular a carreira antes que seja fechado o Projeto de
Lei Orçamentária para 2013, o que ocorrerá até 31 de agosto.