Sexta, 8 de junho de 2012
Do Blog "Brasília por Chico Sant'Anna"
Por Chico Sant’Anna
Com a presença de novos comandantes na “Turma da Mudança”, Magela e Tadeu perderam espaço político. Em outras palavras, perderam força política. A tendência é que, na prática, Swedenberg Barbosa assuma integralmente as tarefas de coordenação do governo.
Geraldo Magela volta à Câmara dos Deputados
Já foi publicado no Informativo PT na Câmara: “Paulo Tadeu e Magela assumem mandatos na Câmara”. Sem muito alarde, Agnelo Queiroz retirou dois secretários de sua equipe. Dois parlamentares que saíram fortalecidos das urnas de 2010 perderam acento no GDF. No lugar deles, assumiram Gustavo Ponce de Leon, ex-secretário adjunto de Paulo Tadeu na secretaria de Governo, e, na secretaria de Habitação, o novo titular é o ex-adjunto de Magela, Rafael Carlos de Oliveira.
Paulo Tadeu perdeu espaço político no GDF com a chegada de Swedenberg Barbosa.
Oficialmente, os deputados federais Geraldo Magela e Paulo Tadeu , ambos do PT-DF, reassumem seus mandatos parlamentares na Câmara dos Deputados para fortalecer a base de Agnelo no Congresso Nacional, onde dia 13, o governador depõe na CPI do Cachoeira. Em nota, o GDF afirmou que ambos “são deputados experientes que vão reforçar a bancada do DF no Congresso Nacional em um momento importante em que será discutida a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – 2013) e também em que o DF está sob alvo de ataques políticos”.
Dentre os parlamentares que não entenderam as mudanças na equipe de Agnelo, está o senador Cristovam Buarque. “a substituição por seus “segundos” nos passa a interpretação de que eles podem voltar num futuro próximo. Já a explicação de que irão cuidar melhor dos interesses da LDO e das acusações contra Agnelo são o reconhecimento desrespeitoso de incompetência dos que estão saindo” – ressaltou o senador pedetista.
Mas a saída dos dois levantou no meio político de Brasília, inclusive nas bases de Agnelo Queiroz outras interpretações. Pouca gente engoliu a justificativa da questão da LDO, pois, tradicionalmente, a bancada de Brasília – situação e oposição – sempre apoiou ao longo dos governos os projetos prioritários da Capital Federal. Além disso, este é o primeiro mandato de deputado federal de Paulo Tadeu. Sua experiência é a mesma de Policarpo, que agora volta à suplência.
Dentre as várias análises, as mais simplistas apontam para certa vingança de Agnelo contra Augusto Carvalho. Seria uma represália ao deputado do PPS-DF pela posição que ele adotou no diretório local do partido. Defendeu a saída do PPS da base de Agnelo.
A leitura é simplista, pois todo mundo sabe, inclusive Agnelo, que Augusto nunca morreu por amores pelo PT e só se alia ao partido por questões pragmáticas. Sem o PT o PPS não teria conseguido eleger Augusto para suplente, muito menos para Deputado Federal titular.
E mesmo que fosse esta a razão, para isso bastaria o retorno de um dos dois parlamentares. Augusto é segundo suplente e perderia sua cadeira na Câmara Federal, sem ter que desalojar Policarpo.