Quarta, 2 de setembro de 2015
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
O ex-ministro José Dirceu, preso há um mês na Operação Pixuleco,
um desdobramento da Lava Jato, foi transferido no início da tarde de hoje (2)
da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, para o Complexo Médico Penal
(CMP), em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A
transferência foi solicitada pelos advogados do ex-ministro e autorizada pelo
juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira
instância.
Na segunda-feira (31), o advogado Roberto Podval pediu à
Justiça que Dirceu fosse transferido para o presídio por causa do espaço
reduzido da carceragem da PF e as restrições impostas para visitas. No CMP, os
presos podem receber visitas semanais de duas horas, enquanto na carceragem da
PF elas são mensais e não passam de meia hora.
Condenado na Ação Penal 470, do mensalão, Dirceu foi indiciado ontem (1º) pela Polícia
Federal pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
no esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras. Para a força-tarefa
da Lava Jato, o ex-ministro foi o “criador” e “beneficiário” das
fraudes em contratos da estatal.
Com o indiciamento, caberá ao Ministério Público Federal
(MPF) decidir pela denúncia do ex-ministro e de mais 13 investigados na 17ª
fase da Operação Lava Jatos.